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domingo, 22 de dezembro de 2019






Jornalista pro-Kremlin: a tática russa é 
“explodir a Igreja por dentro” 



A jornalista dinamarquesa Iben Thranholm ligada ao site Katehon, ativa plataforma de propaganda prorrussa, fez revelações inesperadas de alguém com seu posicionamento ideológico.

Esse posicionamento torna insuspeito seu impressionante testemunho.


Ele foi extensamente comentado por Jeanne Smits, quem durante sete anos foi diretora de “Présent”, jornal que sustentava a tendência política de Marine Le Pen na França.

A jornalista dinamarquesa foca de início o testemunho de Mons. Carlo Maria Viganò sobre a rede promotora da agenda homossexual no Vaticano e em posições neurálgicas da hierarquia católica.  Tais redes chegariam até o interior da residência do Papa Francisco e envolveriam figuras como os Cardeais Parolin e Bertone, diz ela.

Como essas redes podem ter se desenvolvido tão larga e altamente na hierarquia eclesiástica e nas instituições dela dependentes, como seminários e escolas de teologia?


O Papa Francisco abraça o então Cardeal McCarrick que pouco depois seria reduzido ao estado laical, gesto inédito na história da Igreja em virtude de escândalos morais fartamente divulgados pela mídia. 

Eis que Iben Thranholm desde uma ótica prol russa faz uma denúncia estarrecedora: desde a época bolchevista, especialmente desde Stalin, uma larga operação está em andamento para “destruir a Igreja Católica por dentro”.

Essa manobra consiste em infiltrar e promover na Igreja casos e fautores de abusos sexuais e outras depravações.

Esses agora estão enchendo de um modo que pareceria concertado a grande mídia também infiltrada pelo velho plano soviético, e obviamente aberta às esquerdas e ao anticristianismo.

Jeanne Smits, sublinha que não é uma denúncia qualquer. Ela provém “de uma grande admiradora da Rússia contemporânea e de seu presidente Putin”.

O chefe do Kremlin estaria dando continuidade a esse velho plano da KGB (hoje FSB) onde ele se formou.


Iben Thranholm. a revelação da jornalista pró-russa é estarrecedora

Iben Thanholm cita como início de conversa o vídeo disponível em Youtube com legendas em português, de Youri Bezmenov, ex-responsável da propaganda soviética e ex-membro da KGB antes de desertar e passar para o Ocidente em 1970.

O ex-agente também foi durante muito tempo colaborador da agência de imprensa Novosti e explicou num vídeo de 1983 em que sentido a KGB priorizava essencialmente a “subversão ideológica” contra os EUA.

Bezmenov destacou para os desprevenidos que na espionagem “à la James Bond” a KGB aplicava apenas o 15% de seus esforços.

Pelo contrário, as chamadas “medidas ativas” consumiam o essencial do trabalho de sabotagem dos serviços russos no Ocidente.

No que é que consistiam ditas “medidas ativas”?

A jornalista Jeanne Smits fez corajosa denúncia 

Jeanne Smits resume o esquema russo: são as iniciativas que visam degradar a moral no Ocidente, especialmente da juventude.

Algo muito parecido ao que nós conhecemos como Revolução Cultural, envolvendo agenda LGBT e as redes homossexuais na Igreja.

A maior parte do trabalho da polícia secreta comunista, segundo Bezmenov, consiste em “corromper a juventude, obseda-la pelo sexo, afastá-la da religião. Os jovens, devem se “tornar superficiais e debilitados (…); é necessário destruir a confiança dos povos em seus líderes nacionais os expondo ao menosprezo, ao ridículo, à desonra (…); organizar o afundamento das velhas virtudes morais: a honestidade, a sobriedade, o domínio de si, o respeito da palavra dada”. 

Porém Bezmenov sublinhava que os principais alvos eram as instituições religiosas, o ensino, a imprensa e a cultura.

Nas décadas de 1960 e 19970, as administrações EUA só pensavam no comunismo soviético no campo político - militar. E não ligavam para os pontos onde se fazia a grande ofensiva comunista: as “medidas ativas”, ou Revolução Cultural.

O resultado foi que a pregação marxista leninista se espalhava como epidemia nas universidades, nos seminários, na imprensa e no mundo da cultura, resume Iben Thranholm.

“De acordo com Bezmenov, um grupo de rock ou de pop que difundia uma mensagem de “justiça social” com cobertura de açúcar em canções ‘espirituais’ populares na realidade era mais útil para a KGB que um pregador no púlpito fazendo a apologia da doutrina marxista-leninista”, revela a jornalista dinamarquesa. 


Nem a dinamarquesa Iben Thranholm, nem Youri Bezmenov e, creio, nem a inteligente jornalista Jeanne Smits, conheceram ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. 



O Dr. Plinio durante décadas alertou contra a infiltração comunista na Igreja. Capa do livro 'A Igreja ante a escalada da ameaça comunista'. 


Entretanto é impactante a concordância da revelação com o que o grande pensador brasileiro descreveu em inúmeras publicações a respeito da tática comunista para infiltrar o Brasil e subverte-lo culturalmente, doutrinando as novas gerações desde os primeiros anos do curso escolar até os degraus universitários.

Denúncia que ele fez chegar até importantes patentes militares engajadas no combate contra a guerrilha armada mas, tal vez por isso mesmo, pouco voltados às imensas transformações culturais que preparam a ascensão do lulopetismo e o caos de que o Brasil hoje está querendo se desenvencilhar.

Mais ainda, no que se refere à Igreja, o Dr. Plinio promoveu em 1968 o abaixo-assinado intitulado “Reverente e filial mensagem a Sua Santidade o Papa Paulo VI” lhe implorando que “adote com toda a urgência medidas para que seja inteiramente eliminada a ação de eclesiásticos e leigos progressistas, favorável ao comunismo”.

O apelo foi assinado por 2.025.201 de brasileiros, argentinos, chilenos e uruguaios e foi entregue ao Vaticano em 7.11.1969.

Porém, a súplica de tantos filhos angustiados, respeitosos e submissos só recebeu como resposta o silêncio mais frio e completo. (Cfr. “Um homem, uma obra, uma gesta”, Ed.Brasil de Amanhã, SP, pág. 249)








Bella Dodd: infiltrar o clero para 'destruir a Igreja por dentro' 


Em 1983, Youri Bezmenov, ex-responsável da propaganda soviética e ex-membro da KGB desvendou em vídeo a estratégia para afundar o Ocidente..

Mas, por dentro, sem necessidade de recorrer aos blindados do Pacto de Varsóvia. Nessa data os jovens herdeiros de Maio de 68 doutrinados no marxismo marcusiano e gramsciano, treinados na contestação, que deviam constituir as legiões que executariam o plano, já estavam no poder nos países ocidentais que o plano russo visava.Não só na Europa e na América do Norte, mas até na América do Sul.

Esses agentes recrutados ou influenciados pela infiltração comunista procuraram galgar posições sobretudo nas esferas públicas e nos grandes órgãos de imprensa onde mais podiam influenciar a educação popular.

Youri Bezmenov, ex-responsável da propaganda soviética descreveu o plano 

“Eles nunca mais poderão se livrar de nós”, comentavam entre eles.

A jornalista pro-Kremlin Iben Thranholm destaca que Bezmenov omite mencionar especificamente a Igreja Católica, que constitui um dos principais alvos dos comunistas.

Ela, porém, evoca o testemunho da ex-agente comunista Bella Dodd.

Bella Dodd foi seu nome de guerra, nasceu na região de Basilicata, Itália, e seu nome de batismo era Maria Asunta Isabella Visono. Emigrou com a família aos EUA onde se tornou líder do Partido Comunista, e militou em muitas de suas organizações de fachada.

Caiu em desgraça ante Moscou e se afastou dele. Em 1952 anunciou que no ano anterior tinha ficado católica.

Quis se tornar religiosa para expiar o mal feito, mas o arcebispo Mons. Fulton J. Sheen (em processo de beatificação), que teria mediado na conversão, lhe recomendou ficar civil para denunciar o que sabia. 



Bella Dodd: a agente da KGB se converteu e por influência de Mons. Fulton Sheen desvendou a rede comunista para fazer explodir a Igreja na qual trabalhou. 


Bella Dodd depôs diante do Comité de Atividades Antiamericanas da Câmara dos Representantes dos EUA (HUAC) sobre um plano de infiltração que ela conheceu na sua condição de agente, mas que era muito anterior a ela.

“No transcurso dos anos 1930, nos orientamos 1.100 homens para o sacerdócio com a finalidade de destruir a Igreja por dentro. O plano consistia em que fossem ordenados, para que pudessem subir nos degraus de influência e de autoridade se tornando monsenhores e bispos”, explicou a agente do plano. "Eles eram escolhidos pela sua ausência de fé e de virtude moral”. 


Capa do livro de Bella Dodd, "School of Darkness” (Escola da escuridão) onde a ex agente arrependida da manobra russa conta o que sabia e no que ela participou.



Alice von Hildebrand, viúva do professor Dietrich von Hildebrand, ela própria filósofa e teóloga, conhecia bem a Bella Dodd e ouviu dela que ela tinha encaminhado por volta 1.100 pessoas de confiança para seminários católicos. (ver vídeo embaixo)



Na autobiografia, a agente arrependida da manobra russa conta o que sabia e no que ela participou. E que ela garantia que nos tempos em que foi membro ativo do PC, teria tido casos com não menos de quatro cardeais no Vaticano “que trabalhavam para nós”, como ela dizia.

Bella Dodd acabou horrorizada com o que tinha feito, se converteu ao catolicismo e quis se retirar num convento religioso o mais rigoroso possível. Ela queria expiar suas faltas e as consequências tão graves causadas à Igreja. A infiltração das religiões, e especialmente da Católica, para a corromper e faze-la desabar pela mão de eclesiásticos demolidores não é novo no comunismo.Nem até de outros inimigos anticlericais ao longo da História. Mas, essa infiltração se fez sibilinamente.

A confissão de Bella Dodd que nos chega através da pluma de Jeanne Smits, ganha uma atualidade impressionante na crise atual da Igreja, explicando muito do que está acontecendo.

É claro porém que a mera atuação da KGB (hoje FSB) não explica tudo. E talvez sequer a parte mais antiga e sinistra.

Desde séculos passados, Papas e santos como o Beato Pio IX e São Pio X combateram heroicamente contra as insídias de seitas dentro da Igreja que foram mudando de nome: “católicos sociais”, “modernistas” e hoje “progressistas”.

“Os fautores do erro, já não devem ser procurados entre os inimigos declarados; mas, o que é muito para sentir e recear, se ocultam no próprio seio da Igreja, tornando-se destarte tanto mais nocivos quanto menos percebidos.", ensina São Pio X


São Pio X combateu como herói contra a infiltração modernista na Igreja que tinha séculos. 

“Aludimos, Veneráveis Irmãos, a muitos membros do laicato católico e também, coisa ainda mais para lastimar, a não poucos do clero que, fingindo amor à Igreja e sem nenhum sólido conhecimento de filosofia e teologia, mas, embebidos antes das teorias envenenadas dos inimigos da Igreja, blasonam, postergando todo o comedimento, de reformadores da mesma Igreja; (...) Estes, em verdade, como dissemos, não já fora, mas dentro da Igreja, tramam seus perniciosos conselhos; e por isto, é por assim dizer nas próprias veias e entranhas dela que se acha o perigo, tanto mais ruinoso quanto mais intimamente eles a conhecem. (...) Finalmente, e é isto o que faz desvanecer toda esperança de cura, pelas suas mesmas doutrinas são formadas numa escola de desprezo a toda autoridade e a todo freio; e, confiados em uma consciência falsa, persuadem-se de que é amor de verdade o que não passa de soberba e obstinação” (São Pio X, Encíclica Pascendi Dominici Gregis). 


Esses “fautores do erro” promoviam os costumes corruptores e agiam sofismando com crenças heterodoxas, em revolta contra o Magistério Tradicional da Igreja.

O Bem-aventurado sacerdote carmelita Pe. Francisco Palau OCD, dotado de carismas proféticos põe ao próprio Judas Iscariotes como fundador dessa corrente na Igreja.

Ele foi perpetuado por uma misteriosa linhagem – a “estirpe de Judas” – que desde o início da pregação evangélica tenta deturpar e, se possível, destruir a Igreja de Jesus Cristo.


“Judas e o diabo se combinaram contra Cristo, mas os dois foram expulsos do colégio apostólico. (...) o diabo buscou então portas para entrar no seio do catolicismo, e as encontrou nos heresiarcas. As portas lhe foram abertas pelos próprios cristãos que lhe entregaram as chaves da incredulidade e da corrupção das doutrinas. Agora ele está dentro. Desejais vê-lo? Entrai, e o que vereis? Vereis homens que se intitulam católicos, mas blasfemam como demônios e perseguem com furor o catolicismo. (...) Vereis o diabo dentro do próprio santuário, desafiando a onipotência de Deus com blasfêmias proferidas diante de seus altares. Vereis no povo católico as abominações prenunciadas por Daniel profeta. Vereis o anticristianismo instalado no poder. Vereis que o diabo se introduziu no lugar sagrado, e corrompe, perverte, tenta, prova” (“El suicidio”, El Ermitaño, Nº 87, 7-7-1870). Cfr.: Beato Francisco Palau y Quer O.C.D.


     O beato Palau denunciou a "estirpe de Judas" que trabalha na Igreja contra a obra de Cristo.


O santo carmelita previa que essa luta interna levaria a uma situação em que tudo pareceria perdido, mas que a intervenção de um grande santo enviado por Deus lideraria os bons para a vitória final.

Vitória essa que, aliás, foi profetizada entre outras, por Nossa Senhora em Fátima, quando disse: “Por fim meu Imaculado Coração triunfará”.


Para Iben Thanholm, a catarata de escândalos que se precipitam diante de nossos olhos é um resultado entre outros da infiltração tramada.

Os homens escolhidos pela KGB e estabelecidos na cúpula de certos círculos eclesiásticos em meados do século XX, foram responsáveis pelo recrutamento e promoção de outros homens de sua classe nos seminários.

De fato, a explosão de casos de violência sexual remonta à década de 1960, dos tempos que virou slogan até nas igrejas o “proibido proibir” sob pretexto de aplicar com fidelidade o Concílio Vaticano II.

Os religiosos abandonavam hábitos e batinas, como lhes era recomendado pelo “Pacto das Catacumbas” redigido por Dom Helder Cámara e assinado secretamente durante o Vaticano II.

Por tudo isso, Jeanne Smits se pergunta se essa enxurrada de escândalos e abusos sexuais é apenas um fruto podre de padres que simplesmente cederam à tentação na hora de abraçar o mundo como se pregava no período pós-conciliar.


Assembleia de padres "desacralizados" paralela ao Vaticano II,
advoga contra o capitalismo e pede liberdade sexual. 


Ela indaga se existe um ataque articulado contra a fé e contra a moralidade cristãs por um inimigo astuto e profundamente perverso.

Em 2016, prossegue Jeanne, Alice von Hildebrand observou que um dos elementos-chave dos escândalos que agora a mídia põe nas manchetes – e que outrora silenciava – não são as práticas reprováveis de maus padres escravos de uma “concupiscência sem limites”, mas de infiltradores que entraram na Igreja como agentes do comunismo e da desmoralização.

“Eu sabia por Bella Dodd, escreveu Alice von Hildebrand, que esses homens malignos haviam se infiltrado no Vaticano porque a Igreja Católica é o pior inimigo do comunismo. E eles sabem disso”. 


O Beato Palau que via se agigantar a conjuração anticristã relembrava o anúncio profético do evangelista São João:

“19. Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos.” (I Jn, II, 19) 


Homens entraram e saíram dos seminários sem fé? 

A dinamarquesa Thranholm aponta que o abuso sexual de crianças e a homossexualidade generalizada nos círculos clericais é “a maneira perfeita para desmoralizar a Igreja e fazer com que perca a sua autoridade moral ante os olhos do público e entre os crentes, impelindo os fiéis a abandonar a fé”.







Bella Dodd: nós enviamos 1.100 homens ao sacerdócio
"para destruir a Igreja por dentro": eles ficariam bispos 


E, de fato, muito disso está se dando, especialmente nos católicos em que a fé fraquejava por moleza na prática religiosa.


“Assim, prossegue, a missão anticristã concebida pelo regime stalinista está prestes a atingir sua meta, duas gerações depois de Stalin”. 


E Iben Thranholm acrescenta que isso se dá “num momento em que o Ocidente enfrenta a segunda vinda do marxismo”.

De fato, após a queda da URSS e do marxismo primário, o que resta da cultura cristã no Ocidente está sob o ataque de uma Revolução Cultural excogitada pelo pensador marxista italiano Antônio Gramsci.

Se trata de um comunismo mais avançado, que também contempla a utopia de um regime comuno-tribalista na Amazônia.

Pela Revolução gramsciana, o neomarxismo cultural cria as condições para uma “nova era soviética” ou uma “URSS 2.0” que relega aos museus a velha e fracassada URSS.

“Já podemos ver os sinais, a supressão da liberdade de expressão, a tirania do politicamente correto e perseguição política e psicológica brutal dos cristãos”. explica Iben Thranholm.

“Somente uma Igreja purificada é capaz de se levantar contra esse tipo de regime diabólico”, acrescenta sem aprofundar quem poderá fazer isso. 







Bella Dodd: o feminismo e comunista no espírito, destrói a família.
Criar homens que aceitem o homossexualismo como "estilo de vida aprovado" 


A escritora não enxerga muito além. Porém para o católico de fé a esperança está mais viva do que nunca considerando que nos aproximamos ao triunfo de Nossa Senhora anunciado em La Salette e em Fátima.

Os tempos pedem e cada vez parecem mais próximos da manifestação dos Apóstolos dos Últimos Tempos antevistos por muitas almas privilegiadas e Santos como São Luis Maria Grignon de Montfort (ver o Tratado da Verdadeira Devoção), Santa Teresa de Jesus, São Francisco Ferrer (os “crucíferos”) a Beata Canori Mora, a Beata Ana Maria Taigi, etc., etc.

Iben Thranholm fica nos aspectos naturais. Mas faz um dramático apelo para um expurgo de impostores na Igreja que nunca foram verdadeiros seguidores de Cristo.

E insiste se tratar sim de infiltrados cujo propósito é fazer explodir a Igreja por dentro, se declarando esquerdistas ou não, direitistas ou não, mas trabalhando por qualquer lado para esse fim infernal.

Por sua parte, Jeanne Smits, considera que a tese da jornalista dinamarquesa é interessante e deve ser levada em conta num momento em que a mídia sopra que a divina instituição fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo risca o colapso.

Um colapso pelo qual o macrocapitalismo publicitário torce ao máximo ponto multiplicando as distorções do noticiário sobre os numerosos casos concretos de abuso sexual denunciados.


Fala uma admiradora de Putin e da “nova Rússia” 


Explodida a Igreja Católica, só ficaria o Patriarcado de Moscou 

Tivemos ocasião por nossa parte de destacar como esta ofensiva comunista aliada a “estirpe de Judas” instalada na Igreja já têm décadas trabalhando para a mesma implosão.

Mas Iben Thranholm não tem esses pressupostos essenciais. Então procura algum resto do naufrágio universal com o qual se manter flutuando.

Sem rumo, cai numa armadilha que Jeanne Smits já refutou brilhantemente. Cfr: Manipulação da mensagem de Fátima pela Rússia

Essa consiste em fechar os olhos e acreditar que a Rússia chefiada pelo ex-coronel da KGB soviética Vladimir Putin é a derradeira guardiã das tradições, da moralidade e de decência.

Iben Thranholm é grande admiradora da Rússia de Putin, e trabalha para “Russia Today” um dos mais dotados instrumentos da “guerra da informação” que flagela os países livres com avalanches de “fake news”.

Jeanne Smits, julga que Iben Thranholm tem uma visão extremamente cor-de-rosa da Rússia atual. Como se o mundo pudesse se regenerar aderindo ao cismático e estéril Patriarcado de Moscou.

Iben Thranholm insiste num slogan que Jeanne Smits demonstrou em toda sua falsidade: “O comunismo foi uma ideia ocidental, não uma ideia russa. Foi o Ocidente que espalhou seus erros na Rússia”.

Trata-se de uma inversão forçada da profecia de Nossa Senhora de Fátima que não resiste à análise. Cfr.: O lado oculto da “manobra Putin”



Rússia: a “conversão” que não existiu 


As advertências de Nossa Senhora em Fátima estão em pé apontando para a Rússia:



“a Rússia (...) espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas” e “a Rússia será o instrumento do castigo do Céu para todo o mundo”

Nossa Senhora advertiu que a Rússia seria o flagelo para punir os homens. Mas, que no fim acabaria se convertendo e Ela acabaria triunfando. 

Mas, Nossa Senhora terá pena da Rússia e a converterá após o Papa lha consagrar a Seu Imaculado Coração nas condições estritas fixadas pela Mãe de Deus e que até agora não foram preenchidas.

Iben Thranholm apela a uma estratégia verbal que faz pensar mais num desespero que inspira pena e move a rezar por ela.

No malabarismo verbal para salvar a Rússia defende que “mesmo que os russos pratiquem muito pouco de sua religião ortodoxa, mesmo que não vão à igreja, aceitam a ideia de que a sociedade deve ser construída sobre valores cristãos ortodoxos”.

Em verdade, isso significa que a Rússia não só não se converteu, mas que como observa Jeanne Smits “está satisfeita com a persistência no cisma ortodoxo”.

Iben Thranholm escreve em geopolitica.ru: a plataforma de expressão do gnóstico russo Alexander Dugin, e cultiva múltiplas conexões com o think tank Katehon supervisionado e financiado pelo oligarca Konstantin Malofeev, um dos homens encarregados por Vladimir Putin para promover no Ocidente essa monstruosa inversão da mensagem de Fátima.

Jeanne Smits constata que a estratégia soviética contra a Igreja está sendo bem-sucedida.

E se faz a angustiante pergunta: o que fazer agora?

Ela faz algumas constatações.


O Coração Imaculado de Maria triunfará, a Rússia se converterá
e o mundo terá paz, após sofrimentos purificadores 


A primeira é que se o colapso da Igreja Católica tem que ser alcançado com esse custo – e quantas energias, astúcias, recursos e tempo foram necessários até hoje – é porque a Igreja tem uma força única.

Essa força não é só de seus membros humanos, mas é de natureza divina. Ela emana da própria pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, sua cabeça onipotente Rei do Céu e da Terra.

É contra Ele que o comunismo na fórmula soviética ou na fórmula da “nova-Rússia” desencadeia todas suas tramas. É contra Ele que conspiram seus aliados, os progressistas da “estirpe de Judas”.

Porém, todas essas tentativas, ainda que gigantescas, estão condenadas ao fracasso. Porque “as portas do inferno não prevalecerão contra Ela”, segundo Ele próprio nos prometeu.

No momento, a muralha da Santa Igreja está muito danificada, no ponto de cair.

Porém, por isso mesmo mais parece próximo o momento da restauração providencial.

Porque pesará infinitamente mais a promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo, ratificada pela promessa de Nossa Senhora em Fátima: “Por fim meu Imaculado Coração triunfará”. 




quinta-feira, 19 de dezembro de 2019






Livro descreve suposto uso de sexo como arma de poder por Kadhafi


Obra de jornalista diz que ex-líder líbio abusou de 'milhares' de vítimas. Entre elas estariam militares, atrizes e esposas de presidentes. 

Um livro recém-lançado de uma jornalista francesa descreve o ex-líder líbio Muammar Kadhafi, morto em 2011, como um 'predador sexual' que sequestrou e estuprou, segundo a autora, "milhares" de vítimas, inclusive homens.

Até ministros líbios, militares, atrizes e esposas de presidentes e diplomatas africanos teriam sofrido abusos sexuais cometidos por Kadhafi, afirma a jornalista Annick Cojean, repórter especial do diário "Le Monde".

Kadhafi, que governou a Líbia por 42 anos, tinha uma sexualidade desenfreada, com impulsos que precisavam ser satisfeitos quatro vezes por dia, segundo a autora, que baseia seu livro em relatos feitos por vítimas, professores, médicos e ex-colaboradores do ditador.

Cojean conta no livro "Les Proies - dans le harem de Kadhafi" ("As presas - no harém de Kadhafi") que o ex-líder tinha colaboradores que procuravam garotas, e, às vezes, também meninos, em todos os lugares, como escolas, casas e festas de vilarejos.


Reprodução da capa de 'Les Proies - dans le
harem de Kadhafi' (Foto: BBC)

"Kadhafi assistia a vídeos de casamentos para selecionar moças, isso quando ele não escolhia a própria noiva. Muitos líbios hesitavam em convidá-lo para festas por medo de que suas filhas fossem levadas depois", afirmou Cojean à mídia francesa durante o trabalho de promoção do livro.

Segundo ela, o ex-líder também abusava sexualmente de celebridades, jornalistas, filhas de generais ou esposas de políticos, às vezes, por meio do uso da força. Em outros casos, distribuindo joias e malas de dinheiro depois.

"Kadhafi obrigava alguns ministros a terem relações com ele para controlá-los por meio de uma espécie de chantagem. Claro que ninguém tinha interesse de falar sobre essa humilhação total. Ele procedia da mesma forma com chefes de tribos, diplomatas e militares para ter influência sobre eles", afirma.

Um dos entrevistados no livro, Mansour Daw, ex-chefe da segurança e primo de Kadhafi, que está preso, não contesta esses aspectos do regime e afirma ter realizado o casamento de seu filho de forma discreta, proibindo o uso de celulares, para evitar que Kadhafi pudesse ver fotos da festa.

"Não queria que minha família fosse vítima de seus atos", disse Daw à jornalista, segundo o livro.


A autora Annick Cojean 

'Toque mágico'
Durante eventos, como visitas a escolas, o próprio Kadhafi também podia designar uma adolescente ao colocar a mão sobre a sua cabeça, alega a jornalista.

"Era um código para os seus guardas, sinalizando que ele desejava a garota, geralmente na faixa de 13 a 15 anos de idade", diz Cojean.

O "sinal" dado por Kadhafi aos seus guardas era chamado, segundo ela, de "toque mágico".

"Essas jovens serviam para alimentar sua brutalidade sexual. Ele as mantinha no subsolo de sua residência, em Bab al-Azizia (uma caserna fortificada), e as estuprava, obrigando-as a beber, se drogar e assistir a filmes pornôs", conta Cojean.

O sequestro no subsolo da residência, com inúmeros quartos, podia durar alguns dias ou ser bem mais longo. Como a rotatividade era enorme, Cojean afirma que é impossível saber o número exato de vítimas.

"Esse harém sórdido é o mais terrível tabu dos anos Kadhafi. Hoje, apesar da morte do ex-líder, as vítimas ainda têm tudo a perder se revelaram o segredo", diz a jornalista.

"A pressão social e religiosa é muito forte. Elas serão rejeitadas e suas famílias também. Pais, irmãos e maridos serão considerados sub-homens porque não lavaram a honra com sangue", afirma Cojean.

Testes de Aids
Segundo o livro, enfermeiras ucranianas realizavam exames de sangue nas vítimas para se certificar de que elas não tinham Aids, já que Kadhafi tinha fortes temores de contrair a doença.

O médico Faisel Krekshi, nomeado reitor da universidade de Trípoli após a revolução, contou à jornalista ter descoberto no prédio da instituição uma "garçonnière" com jacuzzi e torneiras douradas.

Segundo a jornalista, ele disse ter encontrado no local oito ou nove DVDs com imagens de agressões sexuais cometidas por Kadhafi no local, mas afirmou ter destruído o material para preservar as vítimas.

Em frente ao quarto, havia uma sala de exame ginecológico totalmente equipada, que a jornalista afirma ter visitado.

"Só vejo duas possibilidades de utilização dessa sala escondida: abortos e cirurgias de reconstrução do hímen, proibidos na Líbia", disse Krekshi.

Amazonas
Antes de escrever o livro, Cojean havia publicado, no ano passado, uma reportagem no "Le Monde" sobre a garota Soraya, que após ter entregado flores a Kadhafi durante uma visita à sua escola, quando ela tinha 15 anos, recebeu o "toque mágico".

A garota, que morava em Syrte, cidade natal de Kadhafi, foi levada no dia seguinte por três mulheres e conta ter sido durante cinco anos sua escrava sexual.

Soraya integrou a equipe de soldadas que faziam a segurança de Kadhafi e o acompanhavam por todos os lados. No Ocidente, essas mulheres, maquiadas e esculturais, eram chamadas de "amazonas".

"Essa guarda de Kadhafi era uma fachada. Elas eram suas escravas sexuais e pouquíssimas ali tinham realmente formação militar. Sua segurança real era realizada por homens", diz a autora.

Para Cojean, Kadhafi utilizou o sexo como arma política. "Tomar as mulheres significa dominar os homens", diz ela.

O livro deverá ser lançado neste mês na Líbia. "Acho que ele provocará um choque enorme e debates no país", afirma Cojean.

Kadhafi e Lula


Kadhafi e Nelson Mandela

Link original do site: 

terça-feira, 17 de dezembro de 2019



  

Paulo Freire: Um farsante e sua falsa pedagogia. 


Paulo Freire é considerado o "patrono da educação brasileira", mas... e se dissermos que a sua proposta nunca foi uma proposta pedagógica no sentido educacional? Surpreso? Pois é continue lendo e descobrirá que o Paulo Freire é uma grande farsa, ou melhor, é mais uma das grandes farsas que ainda se sustentam nessa nossa sociedade alienada. 

No Brasil, assim como em tantos outros países da América Latina, trocou-se a pedagogia em favor de sentimento e dos discursos políticos, que, no final, não formam intelectuais (pensadores) mas sim, militantes. E o Paulo Freire é com certeza um dos maiores símbolos dessa permuta. O resultado é sentido nas análises internacionais na área educacional, na falta de produções intelectuais relevantes e principalmente na formação precária de professores e alunos que quase sempre são levados a atuarem como massa de manobra em ações políticas incentivados pelos discursos politizados disfarçados de pedagogia.




A sua "Pedagogia do Oprimido" não passa de uma ferramenta promotora da revolução marxista e é o próprio Paulo Freire quem nos diz isso. Vejam essas passagens do seu afamado livro:



“Deverá ser operada uma "revolução cultural", incutindo o "pensar certo" no "oprimido" - isto é, a "consciência revolucionária", ou "consciência de classe". (A pedagogia não passaria de uma forma de se promover a revolução, e a revolução teria, em si, um "caráter pedagógico". 

“A revolução almeja e destina "chegar ao poder". 

"Consciente ou inconscientemente, o ato de rebelião dos oprimidos, que é sempre tão ou quase tão violento quanto a violência que os cria, este ato dos oprimidos, sim, pode inaugurar o amor." 

"A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida." 

Para o Paulo Freire apesar do ato de rebelião dos "oprimidos" poder ser "violento" isto no entanto não impede que se possa através dele "inaugurar o amor". 







Paulo Freire fala de Socialismo e Teologia da Libertação



Neste sentido Paulo Freire tenta justifica toda e qualquer violência ou até mesmo mortes em nome do projeto marxista. 



Em sua obra “revolucionária” não esconde admiração por genocidas como Che Guevara, Mao Tsé-Tung, Stalin... 



Vejam o que ele afirma sobre Che Guevara: 

"Desta maneira, quando Guevara chama a atenção ao revolucionário para a "necessidade de desconfiar sempre - desconfiar do camponês que adere, do guia que indica os caminhos, desconfiar até de sua sombra", não está rompendo a condição fundamental da teoria da ação dialógica. Está sendo, apenas, realista." 

Fidel é tratado como um líder de "coragem", de "valentia de amar o povo" e de "sacrifício": 

"A liderança de Fidel Castro e de seus companheiros, na época chamados de "aventureiros irresponsáveis" por muita gente, liderança eminentemente dialógica, se identificou com as massas submetidas a uma brutal violência, a da ditadura de Batista. Com isso não querermos afirmar que esta adesão se deu tão facilmente. Exigiu o testemunho corajoso, a valentia de amar o povo e por ele sacrificar-se". 

Também na área econômica as citações do “pedagogo” são horríveis: 

"Esta é a razão por que não pode haver desenvolvimento sócio-econômico em nenhuma sociedade dual, reflexa, invadida. É que, para haver desenvolvimento, é necessário: 1) que haja um movimento de busca, de criatividade, que tenha no ser mesmo que o faz, o seu ponto de decisão; 2) que esse movimento se dê não só no espaço, mas ao tempo próprio do ser, do qual tenha consciência." 

Sua obra é criticada pela falta de conteúdo pedagógico e educacional e pela preponderância no víeis político de Esquerda. Sua falta de foco e muitas das vezes sua complicada e ilógica narrativa é outro motivo para críticas pesadas. Até mesmo a originalidade do que a sua obra propõe é posto em cheque. 

Vejamos o que afirmam os estudiosos de diversas áreas sobre o patrono da nossa Educação: 

“Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?” David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março 1986. 



“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971. 

“Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education, Abril de 1973. 

“Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992. 

“A ‘conscientização’ é um projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger, Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.) 

“Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It's All About”, New Internationalist, Junho de 1974.) “A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Associationem Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.) 

“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.) 

Em setembro de 1963, o jornal Estado de São Paulo apoiou a análise demolidora de Dulce Salles Cunha Braga, na época vereadora em São Paulo, sobre o “método de alfabetização” do intelectual comunista: 

“esse método, em si, apresenta sérias lacunas, sendo passível de críticas fundamentais no que se refere à sua oportunidade e eficiência. O mais grave, porém é que segundo depoimentos de pessoas de ilibada idoneidade, o método em causa tem sido veículo de doutrinação marxista, sob pretexto de alfabetização.” 

O famigerado livro “A Pedagogia do oprimido” que vê opressão, exploração e domínio em tudo, prega em seu conteúdo a revolta dos alunos diante da autoridade do professor e da família. Há uma tentativa de demonizar a família e a autoridade paterna: 

“as relações pais-filhos, nos lares, refletem, de modo geral, as condições objetivo-culturais da totalidade de que participam. E, se estas são condições autoritárias, rígidas, dominadoras, penetram nos lares que incrementam o clima da opressão”. 

Na sua principal obra, Freire exalta a teoria da Ação Antidialógica, onde o debate calcada no conhecimento de causa não tem lugar já que isso seria uma “ação dos dominadores”, os alunos deveriam então trocar informações, cada um colocando o seu ponto de vista sobre os temas (mesmo que não tivessem conteúdo para tanto). Tudo era válido.


Foi na gestão de Luiza Erundina (1989 a 1991) como secretário de educação de São Paulo que Paulo Freire teve a chance de aplicar suas idéias “revolucionárias”. A única coisa que deixou como legado foi a aprovação direta de todos pois acreditava e promovia que os alunos não deveriam ser avaliados e muito mesmo reprovados já que essa seria uma atitude opressora do autoritário professor sobre o oprimido aluno. O aluno passaria de ano mesmo sem dominar a contento o conteúdo aplicado durante o período. E isso era para Paulo Freire um ato libertador. 

Paulo Freire participou da última grande reforma educacional brasileira, ocorrida em 1996 durante o governo de Fernando Henrique Cardoso que gerou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Nem é preciso dizer que tais “diretrizes” não modificaram a situação caótica de nossas estruturas de ensino que continuam atrasada, fraca e doutrinária. Há esperança que nesse governo atual do Bolsonaro, sobre a tutela do Ministro Abraham Weintraub, algo seja feito para desconstruir esse processo doutrinário. 

Suas técnicas foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares com resultados pífios de taxas de analfabetismo nestes lugares. No entanto produziram, uma elevação no número de defensores da pautas de esquerda. 



Método Paulo Freire ou Método Laubach? Tudo não passa de plágio. 

Por David Gueiros Vieira* 


Segundo historiador, Frank Laubach pode ser o Hegel de Paulo Freire — o "criador" da Pedagogia do Oprimido pode ter plagiado o educador norte-americano, virando-o de ponta-cabeça 

O Método Laubach de alfabetização de adultos foi criado pelo missionário protestante norte-americano Frank Charles Laubach (1884-1970). Desenvolvido por Laubach nas Filipinas, em 1915, subseqüentemente foi utilizado com grande sucesso em toda a Ásia e em várias partes da América Latina, durante quase todo o século XX. 

Em 1915, Frank Laubach fora enviado por uma missão religiosa à ilha de Mindanao, nas Filipinas, então sob o domínio norte-americano, desde o final da guerra EUA/Espanha. A dominação espanhola deixara à população filipina uma herança de analfabetismo total, bem como de ódio aos estrangeiros. 

A população moura filipina era analfabeta, exceto os sacerdotes islamitas, que sabiam ler árabe e podiam ler o Alcorão. A língua maranao (falada pelos mouros) nunca fora escrita. Laubach enfrentava, nessa sua missão, um problema duplo: como criar uma língua escrita, e como ensinar essa escrita aos filipinos, para que esses pudessem ler a Bíblia. A existência de 17 dialetos distintos, naquele arquipélago, dificultava ainda mais a tarefa em meta. 

Com o auxílio de um educador filipino, Donato Gália, Laubach adaptou o alfabeto inglês ao dialeto mouro. Em seguida adaptou um antigo método de ensino norte-americano, de reconhecimento das palavras escritas por meio de retratos de objetos familiares do dia-a-dia da vida do aluno, para ensinar a leitura da nova língua escrita. A letra inicial do nome do objeto recebia uma ênfase especial, de modo que aluno passava a reconhecê-la em outras situações, passando então a juntar as letras e a formar palavras. 

Utilizando essa metodologia, Laubach trabalhou por 30 anos nas Filipinas e em todo o sul da Ásia. Conseguiu alfabetizar 60% da população filipina, utilizando essa mesma metodologia. Nas Filipinas, e em toda a Ásia, um grupo de educadores, comandado pelo próprio Laubach, criou grafias para 225 línguas, até então não escritas. A leitura dessas línguas era lecionada pelo método de aprendizagem acima descrito. Nesse período de tempo, esse mesmo trabalho foi levado do sul da Ásia para a China, Egito, Síria, Turquia, África e até mesmo União Soviética. Maiores detalhes da vida e trabalho de Laubach podem ser lidos na Internet, no site Frank Laubach. 

Na América Latina, o método Laubach foi primeiro introduzido no período da 2ª Guerra Mundial, quando o criador do mesmo se viu proibido de retornar à Ásia, por causa da guerra no Pacífico. No Brasil, este foi introduzido pelo próprio Laubach, em 1943, a pedido do governo brasileiro. Naquele ano, esse educador veio ao Brasil a fim de explicar sua metodologia, como já fizera em vários outros países latino-americanos. 

"As cartilhas de Laubach foram copiadas pelos marxistas em Pernambuco, dando ênfase à luta de classes. O autor dessas outras cartilhas era Paulo Freire, que emprestou seu nome à "nova metodologia" como se a ela fosse de sua autoria" 

Lembro-me bem dessa visita, pois, ainda que fosse muito jovem, cursando o terceiro ano Ginasial, todos nós estudantes sabíamos que o analfabetismo no Brasil ainda beirava a casa dos 76% - o que muito nos envergonhava - e que este era o maior empecilho ao desenvolvimento do país. 

A visita de Laubach a Pernambuco causou grande repercussão nos meios estudantis. Ele ministrou inúmeras palestras nas escolas e faculdades — não havia ainda uma universidade em Pernambuco — e conduziu debates no Teatro Santa Isabel. Refiro-me apenas a Pernambuco e ao Recife, pois meus conhecimentos dos eventos naquela época não iam muito além do local onde residia. 

Houve também farta distribuição de cartilhas do Método Laubach, em espanhol, pois a versão portuguesa ainda não estava pronta. Nessa época, a revista Seleções do Readers Digest publicou um artigo sobre Laubach e seu método — muito lido e comentado por todos os brasileiros de então, que, em virtude da guerra, tinham aquela revista como único contato literário com o mundo exterior. 

Naquele ano, de 1943, o Sr. Paulo Freire já era diretor do Sesi, de Pernambuco — assim ele afirma em sua autobiografia — encarregado dos programas de educação daquela entidade. No entanto, nessa mesma autobiografia, ele jamais confessa ter tomado conhecimento da visita do educador Laubach a Pernambuco. Ora, ignorar tal visita seria uma impossibilidade, considerando-se o tratamento VIP que fora dado àquele educador norte-americano, pelas autoridades brasileiras, bem como pela imprensa e pelo rádio, não havendo ainda televisão. Concomitante e subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de Deus. As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua "condição de oprimidas". O autor dessas outras cartilhas era o genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa "nova metodologia" — da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos — como se a mesma fosse da sua autoria. 

Tais cartilhas foram de imediato adotadas pelo movimento estudantil marxista, para a promulgação da revolução entre as massas analfabetas. A artimanha do Sr. Paulo Freire "pegou", e esse método é hoje chamado Método Paulo Freire, tendo o mesmo sido apadrinhado por toda a esquerda, nacional e internacional, inclusive pela ONU. 

No entanto, o método Laubach — o autêntico — fora de início utilizado com grande sucesso em Pernambuco, na alfabetização de 30.000 pessoas da favela chamada "Brasília Teimosa", bem como em outras favelas do Recife, em um programa educacional conduzido pelo Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, daquela cidade. Os professores eram todos voluntários. Essa foi a famosa Cruzada ABC, que empolgou muita gente, não apenas nas favelas, mas também na cidade do Recife, e em todo o Estado. Esse esforço educacional é descrito em seus menores detalhes por Jules Spach, no seu recente livro, intitulado, Todos os Caminhos Conduzem ao Lar (2000). 

"A 'bolsa-escola' de Cristovam Buarque não é novidade. Foi adotada há décadas por discípulos de Laubach e criticada pela esquerda na época. A bolsa-escola já era defendida por Antônio Almeida, um educador do século XIX" 

O Método Laubach foi também introduzido em Cuba, em 1960, em uma escola normal em Bágamos. Essa escola pretendia preparar professores para a alfabetização de adultos. No entanto, logo que Fidel Castro assumiu o controle total do poder em Cuba, naquele mesmo ano, todas as escolas foram nacionalizadas, inclusive a escola normal de Bágamos. Seus professores foram acusados de "subversão", e tiveram de fugir, indo refugiar-se em Costa Rica, onde continuaram seu trabalho, na propagação do Método Laubach, criando então um programa de alfabetização de adultos, chamado Alfalit. 

A organização Alfalit foi introduzida no Brasil, e reconhecida pelo governo brasileiro como programa válido de alfabetização de adultos. Encontra-se hoje na maioria dos Estados: Santa Catarina (1994), Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Sergipe, São Paulo, Paraná, Paraíba e Rondônia (1997); Maranhão, Pará, Piauí e Roraima (1998); Pernambuco e Bahia (1999). 

A oposição ao Método Laubach ocorreu desde a introdução do mesmo, em Pernambuco, no final da década de 1950. Houve tremenda oposição da esquerda ao mencionado programa da Cruzada ABC, em Pernambuco, especialmente porque o mesmo não conduzia à luta de classes, como ocorria nas cartilhas plagiadas do Sr. Paulo Freire. Mais ainda, dizia-se que o programa ABC estava "cooptando" o povo, comprando seu apoio com comida, e que era apenas mais um programa "imperialista", que tinha em meta unicamente "dominar o povo brasileiro". 

Como a fome era muito grande na Brasília Teimosa, os dirigentes da Cruzada ABC, como maneira de atrair um maior número de alunos para o mesmo, se propuseram criar uma espécie de "bolsa-escola" de mantimentos. Era uma cesta básica, doada a todos aqueles que se mantivessem na escola, sem nenhuma falta durante todo o mês. Essa bolsa-escola tornou-se famosa no Recife, e muitos tentavam se candidatar a ela, sem serem analfabetos ou mesmo pertencentes à comunidade da Brasília Teimosa. Bolsa-escola fora algo proposto desde os dias do Império, conforme pode-se conferir no livro de um educador do século XIX, Antônio Almeida, intitulado O Ensino Público, reeditado em 2003 pelo Senado Federal, com uma introdução escrita por este Autor. 

No entanto, a idéia da bolsa-escola foi ressuscitada pelo senhor Cristovam Buarque, quando governador de Brasília. Este senhor, que é pernambucano, fora estudante no Recife nos dias da Cruzada ABC, tão atacada pelos seus correligionários de esquerda. Para a esquerda recifense, doar bolsa-escola de mantimentos era equivalente a "cooptar" o povo. Em Brasília, como "idéia genial do Sr. Cristovam Buarque", esta é hoje abençoada pela Unesco, espalhada por todo o mundo e não deixa de ser o conceito por trás do programa Fome Zero, do ilustre Presidente Lula. 

O sucesso da campanha ABC — que incluía o Método Laubach e a bolsa-escola — foi extraordinário, sendo mais tarde encampado pelo governo militar, sob o nome de Mobral. Sua filosofia, no entanto, foi modificada pelos militares: os professores eram pagos e não mais voluntários, e a bolsa-escola de alimentos não mais adotada. Este novo programa, por razões óbvias, não foi tão bem-sucedido quanto a antiga Cruzada ABC, que utilizava o Método Laubach. 

A maior acusação à Cruzada ABC, que se ouvia da parte da esquerda pernambucana, era que o Método Laubach era "amigo da ignorância" — ou seja, não estava ligado à teoria marxista, falhavam em esclarecer seus detratores — e que conduzia a "um analfabetismo maior", ou seja, ignorava a promoção da luta de classes, e defendia a harmonia social. Recentemente, foi-me relatado que o auxílio doado pelo MEC a pelo menos um programa de alfabetização no Rio de Janeiro — que utiliza o Método Laubach, em vez do chamado "Método Paulo Freire" — foi cortado, sob a mesma alegação: que o Método Laubach estaria "produzindo o analfabetismo" no Rio de Janeiro. Em face da recusa dos diretores do programa carioca, de modificarem o método utilizado, o auxílio financeiro do MEC foi simplesmente cortado. 

Não há dúvida que a luta contra o analfabetismo, em todo o mundo, encontrou seu instrumento mais efetivo no Método Laubach. Ainda que esse método hoje tenha sido encampado sob o nome do Sr. Paulo Freire. Os que assim procederam não apenas mudaram o seu nome, mas também o desvirtuaram, modificando inclusive sua orientação filosófica. Concluindo: o método de alfabetização de adultos, criado por Frank Laubach, em 1915, passou a ser chamado de "Método Paulo Freire", em terras tupiniquins. De tal maneira foi bem-sucedido esse embuste, que hoje será quase que impossível desfazê-lo. 




*David Gueiros Vieira é historiador. Artigo publicado originalmente em Mídia Sem Máscara, em 9 março de 2004. 





Paulo Freire e Marxismo








BIBLIOGRAFIA 

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GONZALES, Justo e COOK, Eulália. Hombres y Ángeles. Ed. Alfalit, Miami, 1999. 

GONZALES, Justo. História de un milagro. Ed. Caribe, Miami (s.d.). 

GONZALES, Luiza Garcia de. Manual para preparação de alfabetizadores voluntários. 3ª ed., Alfalit Brasil, Rio de Janeiro, 1994. 

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HENDRICKS, Howard. Ensinando para transformar vidas. Ed. Betânia, Belo Horizonte, 1999. 

LAUBACH, Frank C.. Os milhões silenciosos falam. s. l., s.e., s.d. 

MALDONADO, Maria Cereza. História da vida inteira. Ed. Vozes, 4ª ed., S.P., 1998. 

SMITH, Josie de. Luiza. Ed. la Estrella, Alajuela, Costa Rica, s.d. 

SPACH, Jules, Todos os Caminhos Conduzem ao Lar, Recife, PE, 2000. 






Fontes: 


Todas as citações de Freire seguem de sua obra "Pedagogia do Oprimido", enfocada neste texto.http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf%5Cpedagogia_do_oprimido.pdf