A Ku Klux Klan nasceu no Partido Democrata 

(Esquerda americana).

  

A origem da KKK – Guerra Civil do EUA.

Foi após o término da Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-1865), também conhecida como a Guerra de Secessão, que a Ku Klux Khan surgiu. Depois de vários estados escravagistas do sul declararem sua secessão (ato de se retirar de uma organização, união ou especialmente de uma entidade política) e formarem os Estados Confederados da América, conhecidos como "Confederação" ou "Sul". Os estados que não se rebelaram ficaram conhecidos como "União" ou simplesmente "Norte".

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Bandeiras da União e da Confederação, respectivamente.

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Após a guerra entre os republicanos do Norte, capitaneados pelo abolicionista Abraham Lincoln e os escravocratas fazendeiros dos estados do Sul, que eram filiados ao Partido Democrata (de Esquerda), foi fundada pelos democratas, no Tenessee, a Ku Klux Khan como uma forma revoltosa de vingança pela derrota na guerra.

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O primeiro Klan teve origem no final dos anos 1860, formado por ricos democratas e a maior parte dos líderes eram ex-soldados do exército sulista que tinham lutado contra a abolição na Guerra de Secessão. Ele tentou derrubar os governos estaduais republicanos no sul durante a Era da Reconstrução, especialmente através do uso da violência contra líderes afro-americanos.

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Nathan Bedford Forrest

​Nathan Bedford Forrest (Chapel Hill, 13 de julho de 1821 – Memphis, 29 de outubro de 1877) foi o fundador e o primeiro grande líder do Ku Klux Klan, fundado em Pulaski, no Tennessee, em 1865, após o final da Guerra de Secessão. Seu objetivo era impedir a integração social dos negros recém-libertados, como o direito adquirir terras e de votar. O nome da organização, inspirado no barulho feito quando se põe um rifle em ponto de atirar, tem origem da palavra grega Kyklos, que significa Círculo, e da inglesa Clan, que foi escrita com “K”. A primeira Ku Klux Klan, fundada por Nathan Bedford Forrest, começou a desaparecer progressivamente, enquanto membros do Partido Democrata instauravam leis segregacionistas inflexíveis nos Estados Unidos Nathan Bedford Forrest havia acumulado uma fortuna como mercador de escravos e suas tropas massacraram os soldados negros que se renderam em Fort Pillow.

Os membros da Klan contaram com o auxílio de outras instituições racistas norte-americanas, como a Irmandade Branca (White Brotherhood), os Homens da Justiça (Men of Justice), os Guardiões da União Constitucional (Constitutional Union Guards) e os Cavaleiros da Camélia Branca (Knights of White Camelia).Todos estes movimentos eram racistas e nacionalistas, e todos tinham ligações com o partido democrata.

A KKK tinha suas próprias leis e funcionava como um Estado paralelo. Promoviam ações de terror contra negros durante a noite retirando-as a força de suas casas onde eram levados para locais determinados onde eram torturados e mortos de formas cruéis.

  

O renomado autor Aitor Hernandez confirma essas origens em seu maravilhoso livro ”Ku Klux Kan: ”O Braço Armado do Partido Democrata”: ”O Partido Democrata para recuperar o poder perdido durante a Guerra Civil e impôs os EUA do sul discriminação racial como uma parte essencial da estrutura de poder sociopolítico”.

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​Depois da morte do Republicano (conservador) Abraham Lincon, o primeiro presidente que governou os Estados Unidos em sua unidade, foi o Democrata Andrew Johnson, em 1866. Johnson, inclusive, vetou a Lei de Direitos Civis (Civil Rights Bill) que tinha por objetivo evitar que os estados do sul aprovassem leis estaduais discriminatórias, conhecidas como Black Codes (através dessas leis, os sulistas proibiam os negros de participar de pleitos eleitorais, vetavam a sua participação como jurado em tribunais, impedia-os de carregar armas em lugares públicos e, além disso, restringiam seu acesso a certas profissões e trabalhos).

O Surgimento da lei conhecida como Ku Klux Act, em 1871, deu ao presidente autoridade para intervir nos estados sulistas. Isso permitiu que a Klan fosse extinta parcialmente até 1915.

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​Como o Partido Democrata, que era pró-escravidão, se transformou na primeira opção política para os negros americanos?

A resposta é a seguinte:

Harry Truman

No governo do Democrata Harry Truman (1945-1953) foram baixados decretos contra a segregação nas forças armadas e no funcionalismo público e discursou contra a segregação racial. Isso provocou a primeira migração dos eleitores negros do partido Republicano para o Democrata.

  

Depois ocorreu uma segunda migração nos anos 60, muito mais profunda que a primeira. Um dos motivos principais foi a aprovação das leis Civil Rights Act e a Lei do Direito de Voto de 1965 (Voting Rights Act), que foram fatores determinantes para a antidiscriminação e igualdade de direitos aos negros, assinadas pelo democrata Lyndon Johnson em 1964, fazendo com que os brancos sulistas saíssem do Partido Democrata e fossem para o Partido Republicano.

  

Uma enxurrada de protestos contra as leis estaduais que separavam negros e brancos em lugares públicos e escolas foi desencadeada e com a morte do pastor batista, o pacifista e defensor dos direitos civis dos negros na América, Martin Luther King, a mais contundente voz desse movimento, quem tomou a dianteira foi o pastor democrata Jesse Jackson, seu colega.

Jesse Jackson adota outra tática, enquanto Luther King pregava a igualdade entre todos os americanos, Jackson promovia o conceito de que as diferenças deveriam ser realçadas em prol dos negros e outra “minorias” oprimidas e fez campanha pelas políticas multiculturalistas de ação afirmativa, como as cotas raciais.

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​Martin Luther King e Jesse Jackson

​Apesar dessas ações já serem uma realidade no governo do republicano Richard Nixon, os democratas foram mais eficientes em defendê-las o que acabou passando para os negros que eles (os democratas) é que eram os seus verdadeiros defensores.

  

“Quando Nixon, com o Plano Filadélfia, tentou recuperar o espaço perdido pelos republicanos entre os negros, os democratas abraçaram as políticas de ação afirmativa e passaram a reclamar o estatuto de pioneiros”, escreve Demétrio Magnoli no livro Uma Gota de Sangue.

​Essa transição foi plenamente concretizada com o apoio do presidente democrata Bill Clinton às políticas de preferências raciais nos anos 1990 e a eleição de Barack Obama em 2008, com mais de 80% dos votos dos negros. Mesmo assim, mais de 50 anos e duas gerações depois, o sul ainda não vota em democratas.

Eleição americana de 2016

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Durante a campanha presidencial nos EUA de 2016 entre os candidatos Donald Trump (Republicano) x Hillary Clinton (Democrata). Andrew Blake, do The Washington Times, afirmou que um líder do movimento Ku Klux Klan, conhecido por pregar ódio racial contra pessoas negras, levantou doações no valor de US$ 20 mil para a campanha de Hillary Clinton, candidata Democrata a presidência dos EUA.

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Apesar da mídia (esquerdista em sua maioria, a chamada Fake news) ter tratado o episódio de Charlottesville (2017), onde supremacistas brancos e grupos antirracismo entraram em confronto, como uma manifestação da extrema Direita americana os distúrbios em Charlottesville foram provocados por duas esquerdas: nacionalistas e internacionalistas, que atuam para tentarem derrubar o governo Trump.

​No Brasil são poucas as fontes que dispomos sobre este assunto. É possível encontrar algumas obras em espanhóis, mas a grande maioria das obras está em inglês, que você pode adquirir na Saraiva ou Amazon.

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Referências bibliográficas

1-The Ku Klux Klan – A Study of the American Mind –

John Mecklin

2-Unmasked! – The Rise& Fall of the 1920s Ku Klux Klan

Ann Patton

3-Ku Klux Klan: El Brazo Armado del Partido Democrata –

Aitor Hernandez

4- A Autobiografia de Martin Luther King Clayborne A. Carson – Zahar

5-As Palavras de Martin Luther King – Martin Luther Jr. – Zahar

Fontes:

1-://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115152010600/nova/dcsh/12/as_origens_da_ku_klux_klan.pdfrec.azores.gov.pt/dre/sd/115152010600/nova/dcsh/12/as_origens_da_ku_klux_klan.pdf

2-http://brasilescola.uol.com.br/historiag/ku-klux-klan.htm

3-https://mundoestranho.abril.com.br/historia/o-que-foi-a-ku-klux-klan-ela-ainda-existe/

4-http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/ku-klux-klan.htm

5-http://historiadomundo.uol.com.br/curiosidades/ku-klux-klan.htm