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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020





Novilíngua – Arma que amordaça o raciocínio e o debate. 



Em seu livro “1984” o escritor George Orwell nos revela uma tática maquiavélica do governo super autoritário do qual trata a obra: a implementação da novilíngua ou novafala. 

O que isso significa? 

Este novo linguajar ou dialeto seria formado pela desconstrução ou remodelação do sentido de palavras existentes, pela remoção de algumas e pela formação de outras que passariam a determinar novos sentidos, de acordo com os interesses maquiavélicos do governo. O principal objetivo do surgimento da língua nova seria restringir o pensamento e o debate sobre temas específicos. Se não é possível definir algo, a situação é como se esse algo não mais existisse. Desta forma, as pessoas não poderiam mais fazer críticas pertinentes a algo, pois essa, coisa já não existiria mais, por definição. Não podendo mais falar sobre algo, esse algo passa a ser de domínio do Estado ou de determinados grupos. O Estado então passaria a controlar o pensamento das pessoas e a impedir ações contra si partindo delas. 




Não devemos confundir novilíngua com tabu em relação a determinadas palavras (os palavrões, por exemplo) pois não se trata da simples proibição de se falar algo, mas de restringir as possibilidade de raciocínio sobre os temas aos quais as palavras nos remetem. 

Uma das principais característica da Novalíngua é a redução do número de seus termos, ocorrendo o inverso da realidade de outras línguas que sempre anexam novas palavras e termos. 

Orwell nos dá em seu livro vários exemplos, um deles é a desconstrução da palavra “mau”. Se algo é tratado como “bom”, outra coisa não poderia ser tratada como “mau”, o correto seria dizer “imbom” ou “desbom”. Assim o conceito de “mau” seria transformado em algo menos negativo. Ele seria apenas algo que não é assim tão bom, relativizando o “mau”. 

A novilíngua pretende eliminar a representação do errado através das palavras. Continuar definindo o errado como errado passa a ser considerado um crime, que foi denominado de “crimideias”. 

Ela também pretende implantar a predominância do “duplipensar” onde a duplicidade de pensamentos imperaria e promoveria a falsa percepção de que o errado está certo. 

Trabalharia também com os conceitos de “Impessoa” e “Despessoa”. É o aniquilamento das lembranças de uma pessoa que já morreu, através da eliminação dos registros históricos. 

Aqueles que forem propagadores e defensores da Novilíngua seriam chamados de “bempensante” e a eles caberia a função de “Crimideter”, que segundo o próprio George Orwell seria a "Faculdade de deter, de paralisar, como por instinto, no limiar, qualquer pensamento perigoso. Inclui o poder de não perceber analogias, de não conseguir observar erros de lógica, de não compreender os argumentos mais simples e hostis ao Ingsoc, e de se aborrecer ou enojar por qualquer trem de pensamentos que possa tomar rumo herético."

Talvez a mais radical das proposta da Novilíngua seja o “Negrobranco” que desvirtua plenamente a percepção da realidade, se isso for favorável ao Partido. Ex: Um negro pode ser chamado de branco (e vice versa) mesmo que os olhos dos espectadores não consigam percebê-lo assim. A realidade dos fatos não importa, mas sim, os objetivos que se desejam alcançar com a distorção proposta. Um exemplo é a transformação de pardos em negros quando se tenta argumentar que há mais “negros” nas prisões que branco e ao mesmo tempo ele deixa de ser negro, quando se deseja colocar os negros como minoria numérica na sociedade brasileira. 

Vejamos alguns termos que foram desconstruídos, seguindo os padrões propostos pela Novilíngua de “1984”: 




Racismo: 

Deixou de ser um termo que se refere à segregação racial, como ocorreram na África do Sul com o Apartheid e as leis segregacionistas americanas dos anos 50 e passou a ser tratado como um comportamento hostil, preconceituoso ou descriminatório contra pessoas, grupos sociais, raças e etnias. O normal é que se refira apenas a atos contra índios, árabes e principalmente negros. Ofensa racial ou preconceito racial passou a ser tratado como racismo. O racismo real que o termo se designa, não existe mais no Brasil e a desconstrução da palavra, desta forma, fomenta os ativismos que militam em defesa da negritude, gerando nos tempos atuais inconformações similares as do século XVIII, como se ainda vivêssemos nos tempos da escravidão. Isso é o que grupos específicos desejam que ocorram para que os grupos afetados se sintam infinitamente mais ofendidos do que realmente são. 



Feminicídio: 

O termo criado como forma de atribuir à mulher ser vítima “apenas por ser mulher” vai na contra mão do termo homicídio, que nunca distingue a vítima por seu sexo. Desta forma, dizer que a mulher foi vítima de feminicídio é dizer que o seu algoz é um machista e que a mulher em nada contribui para a divergência que levou ao assassinato. Todas as mulheres se tornam então vítimas em potencial de um homem categorizado como machista, capaz de agredi-la ou mesmo matá-la tão somente "por ela ser mulher". Fatores como ciúmes, drogas, pobreza extrema, possessividade, stress etc, que são possíveis a qualquer pessoa, independente do sexo, são desprezados. O único fator aceito, mesmo que não comprovado, é o do preconceito contra a condição de ser mulher. 



Bandido: 

O termo que antes se referia a qualquer um que estivesse fora da lei ou que cometesse atos de violência é transformado em algo que nos remete a uma pessoa vítima da sociedade. Aquele que não teve oportunidades na vida e que só vai para o mundo do crime por influência e cobrança de uma sociedade exigente e descriminatória. O bandido passa a ter uma conotação de cidadão comum, igual a qualquer outro, desta forma, receberá atenção de políticas públicas que o proteja e o beneficie. Assim, o agente que promove o crime ganha um novo status na sociedade e ocupa lugares que antes, de forma alguma, se permitiria. Ele dá entrevistas, tem sua vida transformada em documentário e se torna mocinho na novela das 8. 


Amor: 

O termo foi transmutado para “sexo”. Deixou de ser um sentimento para ser um ato. Isto foi feito para colocar todas as opções sexuais, até as que são tratadas pela sociedade como inadequadas ou mesmo criminosas, como algo comum. Desta forma toda relação sexual pode ser considerada um ato de amor, seja ele entre heterossexuais ou homossexuais, abrindo-se assim, também, o caminho para o reconhecimento, como forma de amor, para os atos que são considerados (por enquanto) atos criminosos como a pedofilia e a zoofilia. Como diz a letra da música do Lulu Santos: “Consideramos justa toda forma de amor...” 



Respeito: 

O termo passa a ter a função de obrigar os outros a aceitarem todo e qualquer ato, comportamento ou ideia como correto, sem nenhum questionamento. Ter repeito por alguém deixa de ser algo referente a ela em si e passa a ser relacionado a sua condição ou ao que ela pensa, fala ou representa. Um exemplo é a campanha intitulada “TUDO COMEÇA PELO RESPEITO”, da Globo, em referência aos refugiados, onde é mostrado apenas como exemplificação duas categorias: negros e/ou árabes. Ou seja, repeitar os imigrantes é aceitá-lo de forma irrestrita, sem questionamentos, mas somente se ele for homens e mulheres negros ou homens e mulheres árabes. 



Liberdade de expressão: 

A distorção nesse caso está na colocação da condição velada de que a liberdade de expressão deve ser irrestrita, sem nenhuma forma de crítica que venha a impedi-la. Desta forma, tira de quem a esteja exercendo, a possibilidade de ser criticado. Normalmente é usado para beneficiar a mídia jornalística. Mas não se engane, não é aplicada em todos os casos, mas somente naqueles em que as pautas esquerdistas estão sendo alvo das críticas. Um exemplo atual é a do ativista disfarçado de jornalista, Glen Grewald, que alega o direito à liberdade de expressão para justificar suas matérias sustentadas por atos ilegais e criminosos, como obtenção de informações através de invasões de celulares de autoridade ou de manipulações e edições de dados obtidos também de forma ilegal. Para as pessoas comuns o direito a liberdade de expressão também seguirá o critério de que só se exigirá se tal liberdade produziu algo que favoreceu essas pautas progressistas. Falo assim, por que, de fato, essa manipulação é algo majoritariamente produzida pelo esquerdismo. 



Sedução: 

Passa a ser crime, mas, somente se for promovida por um homem contra uma mulher. O que naturalmente ocorria como algo intrínseco a relação homem/mulher, como é entre os animais macho/fêmea, onde a sedução faz parte do processo que completa a relação que vai perpetuar as espécies, agora ganha ares de crime com pitadas sexistas contra os homens. Um psiu, uma cantada, uma proposta mais atirada, uma mão mais atrevida ou mesmo um olhar mais insistente podem ser tratados como crime. Já para as mulheres, praticamente tudo é permitido: vestidos decotados, olhares sedutores, palavras picantes, esfregadas em transporte públicos... A palavra nunca será usada com essa conotação criminosa em relação as mulheres. 



Fake news: 

Originalmente cunhada pelo presidente do EUA, Donald Trump, para se referir as matérias mentirosas ou difamatórias feitas pela mídia jornalística americana contra si. O termo está atrelado de forma inseparável à mídia jornalística, já que ela é que tem a credibilidade para dizer algo e isso ser tratado pela audiência como notícia. No entanto, o sentido da palavra foi distorcido, passando a se referir a qualquer postagem nas redes sociais, comentários, imagens editadas, áudios falsos com intuitos humorísticos, memes etc que não representem a verdade de fato. Isto foi feito para se promover, de alguma forma, uma censura focada e seletiva sobre determinados grupos e ideias para proteger determinadas pessoas ou grupos, principalmente políticos. 




Violência doméstica: 

A referência correta do termo é toda e qualquer violência que ocorra no ambiente familiar ou entre membros de uma família. Ai incluiríamos violências causadas de pai pra filho(a), mãe pra filho(a), avós para netos(as), netos para avós, babá para criança, entre irmãos, entre tio e sobrinho(a), entre marido e mulher e entre mulher e marido... No entanto, apenas uma relação de violência é hoje abordada quando se fala de violência doméstica: de marido para a mulher. O foco é proposital para produzir o empoderamento feminino, pois assim, colocando uma lupa sobre os casos de violência do homem para com a mulher e desprezando os outros, principalmente os da mulher contra o homem, se cria na sociedade uma falsa percepção de que a mulher é sempre vítima inocente de um machismo cada vez mais atuante em nossa sociedade e de que ela é incapaz de produzir violência. 


Fascista/Fascismo:

Fascista seria todo aquele defensor dos ideais do regime autoritário italiano denominado de Fascismo. Porém, na novilíngua, fascismo passou a ser aquele suposto conjunto de idéias conservadoras que impediriam o progressismo esquerdista de implementar a “paz e a eliminação das mazelas sociais”. O fascista é aquele ser que tem uma opinião diferente de um esquerdista, que defende a propriedade privada, o Estado mínimo, a cristandade, a família, as tradições e os conceitos morais. O fascista é o opositor do socialismo/comunismo que se atreve a si manifestar em sua oposição.



A relação de termos é imensa, eu diria infinita, já que praticamente tudo pode ser alvo da novilíngua e vai depender do interesse de seus promotores. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020



O carnaval e as pautas progressistas.


O Carnaval é a maior festa popular do mundo e também a mais mundana e progressista. Vamos deixar de lado as manifestações festivas de rua, originárias das manifestações do cristianismo ocidental que antecipavam a estação litúrgica da Quaresma e nos focar nos desfiles das Escolas de Samba, já que estas é que de fato vão influenciar a grande massa, devido a imensa exposição para o público, e é claro, as transmissões de TV, que as colocam dentro da nossas casas por três dias seguidos, com uma cobertura profissional invejável. É impossível não associar os temas abordados pelas escolas de samba com as pautas do esquerdismo. Se não vejamos: anti polícia militar, anti conservadorismo, anti cristianismo, pró ideologia de gênero, pró feminismo, anti Bolsonaro, anti armamentista, pró agenda dos ativismos gays, negros, dos refugiados ilegais, do aborto, satanismo, a elevação das seitas de matizes africanas, a promoção da promiscuidade sexual, da degradação moral etc 

É fato que o Carnaval é uma festa popular onde a sátira social, a zombaria das autoridades e uma inversão geral das regras e normas do dia-a-dia, são expostas como forma de expurgar as mazelas da vida. No entanto, normalmente isso ocorria de forma imparcial e muito pouco partidária. Porém, nos últimos tempos em que se implementou uma hegemonia de pensamento mas estruturas de cultura e artes, o progressismo esquerdista dominou as pautas. 

Vejamos alguns exemplos marcantes destas promoções de ideologias esquerdistas nas passarelas dos desfiles de Escolas de Samba: 



1966 - Império Serrano e São Clemente - Iemanjá e seitas de matizes africanas. 



De 1966 até os dias atuais, um dos temas predominantes nas escolas do Rio e São Paulo é o da exaltação as religiões de matizes africanas, isso posto para reforçar um sentimento exacerbado de racismo e intolerância religiosa, de que as afirmações culturais negras são marginalizadas e perseguidas. Desta forma, fica parecendo para a sociedade que o Brasil tenta a todo custo eliminar esses cultos de nossas práticas e a realidade prova que acontece exatamente o contrário. 



1969-Império Serrano- Os ‘Heróis da Liberdade’ 


Essa foi a segunda vez que a escola de Samba Salgueiro “ousou desafiar a ditadura”, a primeira foi 1967, onde foram acompanhados nos ensaios pelos agentes do DOPS (que opressão, não é mesmo?). 

Em 1969. Poucos meses após o decreto do AI-5, a escola saiu com o enredo Heróis da Liberdade, numa clara posição crítica ao regime. Por isso o samba precisou ser alterado – a palavra “revolução” teve de ser trocada, por exemplo, por “evolução”. O samba de Silas de Oliveira, Mano Décio e Manoel Ferreira tornou-se um hino de celebração à liberdade e de homenagem a outros sambistas. Agora imagine como os letrista do samba foram torturados para trocarem a palavra “revolução” por “evolução”.

Letra do samba com a opressora alteração:

Samba-Enredo 1969 - Heróis da Liberdade

Ô ô ô ô
Liberdade, Senhor
Passava a noite, vinha dia
O sangue do negro corria dia a dia
De lamento em lamento
De agonia em agonia
Ele pedia o fim da tirania


Lá em Vila Rica
Junto ao Largo da Bica
Local da opressão
A fiel maçonaria, com sabedoria
Deu sua decisão lá, rá, rá


Com flores e alegria veio a abolição
A Independência laureando o seu brasão
Ao longe soldados e tambores
Alunos e professores
Acompanhados de clarim
Cantavam assim


Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Esta brisa que a juventude afaga
Esta chama que o ódio não apaga
Pelo universo é a evolução
Em sua legítima razão


Samba, oh samba
Tem a sua primazia
De gozar da felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos heróis da liberdade









1989 - Beija-Flor - Cristo Mendigo

Em 1989, o carnavalesco Joãosinho Trinta apresentou o enredo "Ratos e urubus, larguem minha fantasia" e trouxe ninguém mais, ninguém menos do que Cristo para a avenida. A ideia era de que a réplica do Cristo Redentor aparecesse como um mendigo. Contudo, a Igreja Católica conseguiu proibir a apresentação na justiça e, em protesto, o carnavalesco levou para o Sambódromo a peça coberta por um plástico preto e a frase "mesmo proibido, olhai por nós". 


O desfile ainda contou com uma ala de componentes vestidos como mendigos que escalavam os camarotes e "roubavam" salgadinhos. A polêmica foi tanta que até hoje o desfile é lembrado e já foi revisitado diversas vezes tanto pela própria Beija-Flor, como por outras escolas


1989 - União da Ilha – nudez completa.

Foi em 1989, pela União da Ilha, que Eloni Lara tornou-se a primeira mulher a aparecer completamente nua na avenida. Sem calcinha ou tapa-sexo, ela desfilou pela escola que apresentava então o enredo "Festa Profana". Na ocasião, a televisão não viu problemas em dar closes nas partes íntimas da moça durante a apresentação do carro Roma Pagã, porém a repercussão do caso foi tanta que, no ano seguinte, a Liga das Escolas de Samba, declarou proibida a "genitália desnuda". E adivinhem quem o veto inspirou? Isso mesmo, ele, o polêmico Joãosinho Trinta, que resolveu criar o enredo "Todo mundo nasceu nu" para a Beija-Flor, que conquistou o segundo lugar com o tema em 1990, um ano depois do Cristo mendigo, e, em 1992, resolveu descumprir o regulamento levando um casal nu para a avenida. Vale lembrar, que o vídeo com a transmissão do desfile de Eloni foi censurado pelo YouTube em tempos mais recentes por conta do conteúdo que viola as políticas sobre nudez ou conteúdo sexual.





1996- Império Serrano- homenageia Betinho, mas, quer falar mesmo é do MST.


Em 1996 a Império Serrano, decidiu trazer como enredo o sociólogo Betinho. As políticas econômicas do governo FHC, tratado como um não esquerdista, são postas como responsáveis por afetarem direitos trabalhistas, promoverem a fome e a aumentarem as desigualdades de renda entre os brasileiros.

Os sem terra, sem a identificação do movimento que “os representa”, o MST, foram destaque em uma ala inteira. 



2000- Unidos da Tijuca - Nossa Senhora apreendida

A Unidos da Tijuca apresentou o enredo "Terra dos papagaios... Navegar é preciso" em 2000 e viu a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes ser confiscada pela Polícia Civil dentro do barracão da escola. O painel com a santa não foi para a avenida para evitar indiciamento por crime de atentado a culto religioso, mas podia ser visto como decoração do barracão da escola até 2006


2004 - Acadêmicos do Grande Rio: "Vamos vestir a camisinha, meu amor".

Em 2004, novamente uma ideia de Joãsinho Trinta deu o que falar. Com o enredo "Vamos vestir a camisinha, meu amor", a Grande Rio entrou na avenida com dois carros alegóricos cobertos com tarjas pretas e a palavra "censurado", após terem sido proibidos de desfilar pela Promotoria de Infância e Juventude a pedido da Igreja Católica por trazerem cenas de sexo e esculturas de órgãos genitais para o Sambódromo. Com tantos problemas e repercussão, a escola terminou o campeonato em 10º lugar e o polêmico carnavalesco foi demitido horas antes da apuração.

Partes polêmicas da letra que se refere ao sexo gay e com adolescentes:


Na busca de um novo amanhecer
As ONGs dirão: "preservar é viver"
Fique sabendo, amar é cuidar
Tem cheiro de amor no ar (eu vou...)
Eu vou brincar, curtir, vou sacudir essa cidade
GLS, adolescente, gente da melhor idade
Num grito de liberdade
Saúde e vigor, quero ter pra ver
O milagre da vida acontecer




2005 - Beija-Flor - Jesus açoitado

Outra vez ele: Joãsinho Trinta! Em 2005, pela Beija-Flor, ele produziu uma apresentação para o enredo sobre as missões jesuíticas no Rio Grande do Sul que incluía Jesus Cristo, representado por um passista, sendo açoitado à frente de um dos carros alegóricos. A Igreja Católica protestou e a escola modificou a ideia original, trazendo o passista interpretando Cristo ensanguentado sendo crucificado e consolado por Maria Madalena. 



2008- Viradouro - Holocausto

Em 2008, foi a vez da Viradouro ser alvo de processo, dessa vez pela comunidade judaica por conta do desfile planejado pelo carnavalesco Paulo Barros. O carro Holocausto traria Adolf Hitler para a avenida cercado por representações de pessoas mortas. Depois de ser processada, a escola resolveu desfazer a alegoria apenas dois dias antes do desfile e colocar em seu lugar um carro alegórico cheio de faixas contra a censura e passistas com as bocas amordaçadas


2012 – Gaviões da Fiel - “Verás que o filho fiel não 
foge à luta .” 

Sexta a desfilar no segundo dia do carnaval 2012 em São Paulo, a escola fez da vida de Lula motivo para um rápido passeio pela história numa perspectiva um tanto quanto surrealista e ufanista. Mesmo com muitos escândalos de corrupção sendo revelados o Lula ainda gozava de apresso de uma parte da população e a escola não foi tão criticada pela homenagem.


Ex-primeira dama Marisa Letícia representa o ex-presidente Lula no Anhembi




Reproduzo abaixo o samba-enredo da Gaviões da Fiel em 2012:

Verás Que o Filho Fiel Não Foge À Luta – Lula o Retrato de Uma Nação


Vai meu gavião…
Cantando a saga do menino sonhador
Um filho do sertão, cabra da peste… Irmão
Que deus pai iluminou!
Trouxe no sangue a coragem, a fé
O poder regendo seu destino!
Na cidade grande a esperança… O futuro promissor!
Traçou seu o caminho
Cresceu foi à luta… Pra vencer
E o sonho se torna real
Luiz Inácio o operário nacional!

*****

Companheiro fiel… Por liberdade
Na corrente do bem… Contra a maldade!
Elo forte da democracia
A luz da nossa estrela guia!

*****

Viu… No coração do Brasil
Tanta desigualdade
O retrato da realidade
A utopia buscando a dignidade!
Solta o grito da garganta e vem comemorar
A soberania popular
Felicidade…
O povo unido venceu
A cidadania resplandeceu
Uma nova era aconteceu!

*****

Sou da nação, sou valente e festeiro
Corinthiano loucamente apaixonado!
Em oração a São Jorge guerreiro
Peço que o brasileiro seja sempre abençoado!”


2015- Beija-Flor - Enredo e patrocínio

Em 2015, a campeã Beija-Flor causou polêmica com o enredo "Um griô conta a história: um olhar sobre a África e o despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a trilha de nossa felicidade". A razão? De acordo com reportagem do jornal O Globo, a escola foi patrocinada pela Guiné Equatorial, recebendo o valor de R$ 10 milhões para o desfile. Fran Sergio, diretor-artístico da Beija-Flor negou a situação para o UOL, bem como Benigno-Pedro Tang, embaixador da Guiné Equatorial no Brasil, que desfilou pela agremiação. "O governo não tem nada a ver com isso. Somente pessoas do meio cultural. O que a imprensa divulgou é uma soma muito excessiva", disse ao jornal O Estado de S. Paulo. "O enredo, polêmico ou não, foi maravilhoso. Já tivemos outros enredos polêmicos e ganhamos campeonato, já tivemos um Cristo mendigo. Mas eu sabia que a escola ia superar tudo", disse Neguinho da Beija-Flor ao UOL.

Durante o governo petista da Dilma foi utilizado a “magia” dos desfiles de carnaval para promover as pautas ativistas do negro, fazer um afago na ditadura socialista da Guiné Equatorial conseguindo assim apoio dos africanos para o governo da esquerda do PT. 


Neguinho da Beija-Flor e Benigno Pedro Matute Tang , embaixador da Guiné Equatorial 




2018 - Paraíso de Tuiuti -O Presidente vampiro.

A Paraíso de Tuiuti veio em 2018 com um enredo contundente: Meu deus, meu deus, está extinta a escravidão?, mostrando como a escravidão e seus efeitos permaneceriam até hoje (que coisa mais chata e batida). Além de uma sucessão de carteiras de trabalho desfilando, como crítica as impopulares reformas trabalhista e da previdência do governo Temer (aquele que era vice da Dilma, lembram?), no final do desfile o presidente Michel Temer veio caracterizado como um “vampiro neo-liberalista” – como o vampiro da escravidão moderna. Um momento surreal diante do recente impeachment da esquerdista Dilma, que de fato foi, junto com o corrupto do Lula, os responsáveis diretos pelo caos econômico, social e moral por que passa a nossa nação. 


Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta A Escravidão?
Canção de Grazzi Brasil e Paraíso do Tuiuti


Irmão de olho claro ou da Guiné
Qual será o seu valor? Pobre artigo de mercado
Senhor, eu não tenho a sua fé e nem tenho a sua cor
Tenho sangue avermelhado
O mesmo que escorre da ferida
Mostra que a vida se lamenta por nós dois
Mas falta em seu peito um coração
Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz

Eu fui mandiga, cambinda, haussá
Fui um Rei Egbá preso na corrente
Sofri nos braços de um capataz
Morri nos canaviais onde se plantava gente

Ê Calunga, ê! Ê Calunga!
Preto velho me contou, preto velho me contou
Onde mora a senhora liberdade
Não tem ferro nem feitor

Amparo do Rosário ao negro benedito
Um grito feito pele do tambor
Deu no noticiário, com lágrimas escrito
Um rito, uma luta, um homem de cor

E assim quando a lei foi assinada
Uma lua atordoada assistiu fogos no céu
Áurea feito o ouro da bandeira
Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel

Meu Deus! Meu Deus!
Seu eu chorar não leve a mal
Pela luz do candeeiro
Liberte o cativeiro social

Não sou escravo de nenhum senhor
Meu Paraíso é meu bastião
Meu Tuiuti o quilombo da favela
É sentinela da libertação


2018 - Paraíso de Tuiuti -Os ‘Manifestoches’


A Tuiuti tratou com desrespeito todos os brasileiros que se colocaram de forma democrática contra o projeto corrupto de poder que o esquerdismo implementava no país, chamando-os de ‘Manifestoches’ e os colocando fantasiados de “patos da FIESP” vestido com a camisa do Brasil (como se a nossa camisa fosse uma desonra), com nariz d epalhaço e com panelas nas mãos. Sobre os ‘Manifestoches’ grandes mãos manipulando cordas que os conduziam como fantoches. O interessante é que na época foi dito que as grandes mãos representavam a manipulação da grande mídia e hoje ela está plenamente ao lado dos esquerdistas (como estavam na época e em muitos outros períodos históricos). 



2018- Mangueira - Críticas ao prefeito do Rio, Crivella

A Mangueira, que destilou críticas já desde o enredo – Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco, sobre o corte de verbas para as escolas de samba decretado pelo prefeito Marcelo Crivella. Uéé??? Eles rrealemtne acreditam que nosso dinheiro deve pagar por isso? O prefeito Crivella vem sendo muito atacado por sua postura conservadora e cristã. Até ai nada anormal, é sabido que o esquerdismo é anti-cristã e que odeia a ordem e a moral que o conservadorismo presa, preferindo o anarquismo e o hedonismo. Crivella apareceu no desfile como um boneco de Judas, com um tripé em que se lia: “Prefeito, pecado é não brincar o carnaval!”. 


No carro, remetendo ao famoso desfile de Joãosinho Trinta, novamente um Cristo coberto, com a frase: “Olhai por nós! O prefeito não sabe o que faz”. A plateia vermelha e manipulada entoou o coro de “Fora Crivella”.


2019 - Paraíso do Tuiuti - “O Salvador da Pátria”


Em 2019 a Paraíso do Tuiuti teve como enredo da Escola a história de um bode que foi ‘eleito’ vereador no Ceará. A apresentação da Escola foi cheia de referências ao ex-presidente Luiz apesar de na letra do samba intitulado “O Salvador da Pátria”, não ser tão perceptível essas associações. 

O protagonista do enredo é o bode Ioiô, um dos personagens cearenses mais famosos localmente, mas pouco conhecido fora do estado. O bicho chegou a Fortaleza em 1915, seguindo os passos dos retirantes que se mudaram para a capital para escapar da seca. Na cidade, ficou tão famoso pelas andanças que ganhou a simpatia das pessoas – sobretudo pelos boêmios, e dizem que até cachaça ele bebia. Em 1922, com as eleições em cédulas de papel, Ioiô foi eleito vereador, como forma de protesto da população. Mas, apesar do desejo popular, o bode nunca tomou posse.

No entanto, a sinopse faz menções a outro famoso e controverso personagem político brasileiro: o ex-presidente Lula, mesmo sem citar o petista uma vez sequer no texto. Mas as referências podem ser lidas no texto: tal como Ioiô, Lula foi retirante e saiu do interior com a família em busca de sobrevivência.

“Vocês que fazem parte dessa massa irão conhecer um mito de verdade: nordestino, barbudo, baixinho, de origem pobre, amado pelos humildes e por intelectuais, incomodou a elite e foi condenado a virar símbolo da identidade de um povo. Um herói da resistência!”, diz o carnavalesco no texto, usando trecho de “Admirável Gado Novo”, de Zé Ramalho e apresentando o bicho com algumas das características que cabem numa descrição do ex-presidente – dependendo do ponto de vista -, atualmente condenado de Justiça.

Em outro trecho, uma referência mais explícita cita um argumento defendido pela força-tarefa da Lava Jato para condenar Lula no processo da triplex do Guarujá: “Não posso provar, mas tenho total convicção da autenticidade de tudo o que a ele atribuíram…”. 


2019- Águia de Ouro- Hilter/Jair Bolsonaro. 

No desfile da Águia de Ouro um componente provocou polêmica após participar do ensaio técnico da escola no sambódromo do Anhembi com uma fantasia que em muito se assemelhava a Hitler, com uma faixa presidencial do Brasil. O presidente da Águia de Ouro, Sidnei Carrioulo, negou que o traje usado pelo ator Walmir Sparapane tivesse a ver com Hitler ou com o presidente Jair Bolsonaro. Sério que ele teve a cara de pau de negar? 


Diante da polêmica gerada a Escola decide não apresentar a fantasia na avenida. 


2019 - A Gaviões da Fiel - Diabo vencendo Jesus. 

Em 2019 A Gaviões da Fiel ( São Paulo). desrespeitou o símbolo e a religião cristã’ ao apresentar em sua comissão de frente uma disputa entre duas figuras religiosas, Jesus e o diabo, na qual, a figura cristã é vencida e humilhada pela representação maléfica. 


Diante de tudo exposto não há por que se surpreender com o esquerdismo existente nos desfiles das Escolas de Samba nos dias atuais. Temas como satanismo, feminismo, Paulo Freire, Lula, racismo, machismo, índio, seitas de matizes africanas, ambientalismo extremista, exaltação da mulher, do negro, do gay e de minorias, crítica ao conservadorismo, a governos de Direita, aos costumes e a moral além de todas outras pautas progressistas. As suspeitas de financiamento por parte dos bicheiros e dos traficantes endossam mais ainda este padrão de comportamento da maioria das Escolas de Samba, principalmente de São Paulo e mais ainda do Rio. 



2020- Mangueira – Jesus levando batido da polícia, crucificado como um traficante e retratado como mulher

Campeã em 2019 com um enredo dedicado à Marielle Franco, a Mangueira em 2020 fez uma releitura da vida de Jesus Cristo e como ela seria nos nossos tempos. Um desastre em termo de desrespeito à fé cristã tão grande que amargou o sexto lugar e foi duramente criticada. 


Jesus da Mangueira sendo revistado como suspeito pela polícia.




Retratado como marginal crucificado e com o corpo crivado de balas.

A Escola colocou Jesus em vários grupos: como negro, como favelado e como mulher.


A rainha de bateria Evelyn Bastos veio representando Jesus mulher. Punhos cerrados do esquerdismo. 

A letra da música cita o presidente Jair Bolsonaro, com "Não há Messias de armas na mão" e chama os seus apoiadores de “Os profetas da intolerância”

E de Jesus diz:


Eu sou da Estação Primeira de Nazaré
Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher
Moleque pelintra no buraco quente
Meu nome é Jesus da Gente
...
Nasci de peito aberto, de punho cerrado





2020 – São Clemente - Trambicagem e Bolsonaro (novamente)

A São Clemente trouxe um enredo denominado de "O conto do vigário", falando dos variados trambiques brasileiros. Mas toda a dinâmica tinha o objetivo explícito de associá-los a Bolsonaro. 




A bateria foi fantasiada de "laranjal", o humorista Marcelo Adnet fantasiado de Bolsonaro, fez flexões de braço e sinal de arma com a mão, gestos popularizados por Bolsonaro, além de jogar laranjas para o público. No carro alegórico tinha frase como "tá ok?", "a culpa é do Leonardo di Caprio" e "acabou a mamata". 


Um carro fez menção às fake news, mas esqueceu de mostrar que foi a campanha do Haddad do PT que foi condenada por promover fake news na campanha eleitoral. 



2020 – Mocidade- Feminismo negro


A escola de Padre Miguel homenageou a cantora Elza Soares. 


Um dos carros levava o dizer "Exu te ama", uma corruptela de "Jesus te ama", num claro objetivo de substituição de crença na sociedade. Outro carro da escola trouxe bandeiras feministas, LGBT, pautas clássicas do esquerdismo mundial. 

Os punhos cerrados do esquerdismo, novamente.


Feminismo, novamente.