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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020










A Globo e o esquerdismo. 


Uma das tarefas mais difíceis nestes tempos é convencer um progressista vermelho de que a Globo é esquerdista. Talvez, até você mesmo, caro leitor que não é de Esquerda, não aceite que tal afirmação seja verdadeira. Ora, como podemos crer que uma emissora que teria surgido em plena “ditadura” militar (na verdade não surgiu) e que o seu dono, o jornalista Roberto Marinho, que apoiou o “golpe militar” em nota divulgada para a sociedade, sejam colocados neste viés político? 

Primeiramente é preciso definir alguns pontos. 

Quando se afirma que uma emissora é esquerdista, não estamos querendo dizer que os seus donos ou mesmo os sócios defendam esse viés político, mas sim, que as pautas desta emissora estão alinhadas, em sua grande parte, com as pautas defendidas pela Esquerda. A emissora passa a ser chamada de esquerdista quando defende e propaga pautas progressistas. E isso a Globo sempre fez e continua fazendo, mas intensamente ainda nos tempos atuais de “resistência”. É preciso lembrar que o movimento “#Elenão!” contra o atual governo surgiu plenamente dentro dos porões da Globo. 


 Acontece que seus donos e sócios podem não ser esquerdistas (não sabemos de fato o quando de esquerdismo há nestas áreas), porém, a programação e a produção de conteúdos são feitas por autores, diretores, atores, jornalistas, humoristas, roteiristas, escritores, apresentadores etc e estes são, sem sombra de dúvidas, esquerdistas. 



Na verdade a emissora de TV Rede Globo não surgiu no Regime Militar. Foi em 05 de janeiro de 1951, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, que a Rádio Globo solicitou sua primeira concessão de televisão. Em 13 de março foi dado um parecer favorável. Porém, o presidente, Getúlio Vargas voltou a revogar a concessão. E em julho de 1957, no governo do presidente Juscelino Kubitschek a emissora recebeu o direito de atuar como emissora de TV, inaugurando, com o canal 4 do Rio de Janeiro, a TV Globo Ltda. Em 62, a Globo assina um contrato com a norte-americana Time-Life recebendo um capital de trezentos milhões de cruzeiros (seis milhões de dólares, segundo o documentário Beyond Citizen Kane- Além do cidadão Kane). Só para ter um parâmetro, a TV Tupi, que era a maior emissora do Brasil na época, foi construída com um capital de trezentos mil dólares. Em 1965 o congresso questionou esse acordo e instaurou uma CPI para investigar a TV Globo, pois, de acordo com o artigo 160 da nossa Constituição, seria ilegal a participação de capital estrangeiro em empresas de comunicação nacionais. A Globo argumentou de que a Time-Life forneceu apenas assessoria técnica e a CPI deu um parecer favorável a emissora legalizando-a. 


Além de ter apoiado o regime militar, o que para os esquerdista é um sinal de que ela é de direita (????), a Globo também é acusada de não ter se empenhado de forma clara em relação ao movimento das Diretas Já!, de ter manipulado o último debate entre os candidatos a presidente na eleição de 1989, Collor e Lula, para favorecer o Collor e de influenciar a população de forma a “desestabilizar a democracia”. Tudo isso é seria corroborado com o reconhecimento atual dos seus dirigentes de que o apoio ao Regime militar foi “erro”. Confira aqui o edital de Roberto Marinho. 


Porém, como já afirmamos anteriormente, o que faz a Globo ser esquerdista não é necessariamente a opção política tomada por seus donos e dirigentes, mas sim a produção que a emissora disponibiliza para a sociedade brasileira, que é carregada ao extremo de pautas socialistas e progressistas. 



Na década de 60, politicamente o Brasil esta efervescendo e guerrilhas rurais e urbanas ameaçavam implantar, através de um golpe, pautado na luta armada, uma ditadura comunista (a ditadura do proletariado). Nesse contexto, vários segmentos da sociedade como a Igreja Católica, uma boa parte da imprensa, os empresários e outros, inclusive a Globo, apoiaram a contra revolução que levaria os militares ao poder para impedir a revolução comunista e a implementação da ditadura de Esquerda dos proletariados. Os militantes de Esquerda (guerrilheiros, intelectuais ou da área artística e de outras) temeram ser presos e se auto-exilaram em diversos países capitalistas (é lógico, quem diabos quer ir para um inferno socialista?). No entanto, apesar do combate dos militares aos movimentos armados de Esquerda, não houve algo semelhante à propagação dos ideais esquerdistas (Marxismo Cultural) e progressistas no Regime. Eles atuaram livremente nas artes, no cinema, na literatura, nas novelas, nos seriados, nos filmes, no teatro, nas universidades, nas instituições como OAB, Igreja Católica (através da Teologia da Libertação e das Comunidades de Base) e até mesmo no meio militar. Foi o General Golbery de Couto e Silva (criador do Serviço Nacional de Informações -SNI) quem defendeu a Teoria da Panela de Pressão. Ela consistia na tática de combater a modalidade armada da Esquerda, mas não combatendo de forma mais contundente o braço cultural. O General fazia analogia da situação com uma panela de pressão. Se o Regime “vedasse toda saída de ar” (ou seja, combatesse a guerrilha armada e a guerra cultural com a mesma força), a panela poderia explodir, com consequências maiores. 


Assim, o marxismo cultural foi propagado em nossa sociedade e atingiu até o nosso sistema de educação federal, através de comunistas assumidos como o Darci Ribeiro . A Globo, recheada de “comunistas”, foi com certeza um dos veículos onde os ideais progressistas mais se propagaram. Pautas como divórcio, ideologia de gênero, liberação da maconha e descriminalização das drogas, afrouxamento nos preceitos morais, libertinagem sexual, anti americanismo, anti policia militar, ideologia de gênero, femicídio, a utilização de denuncias de suposto racismo, machismo, homofobia etc como ferramentas políticas, a desconstrução do patriarcado, a propagação do feminismo, a propaganda do MST, a idéia do bandido como vítima da sociedade, a promoção dos países de regime socialistas como China, União Soviética e Cuba, a opção por propagar a cultura inútil como forma de alienação das massas etc, foram implementadas de forma intensa e continuada até os tempos atuais. A programação atual da Globo é pautada nos princípios esquerdistas de alienação do povo como forma de obtenção de massa manobrada. Programas como o BBB faz com que as pessoas se ocupem com futilidades e assimilem comportamentos e idéias pueris e nocivos ao selecionar pessoas idem para atuarem nesse contexto. Série, novelas e filmes são apresentados para induzir o telespectador a absolver um único víeis de pensamento (o esquerdista, é claro). O jornalismo tem um direcionamento explícito em suas pautas progressistas, anti americanas, ecológico militantes, anti conservadorismo, anti bolsonarianas, pró aborto, pró feminismo etc. Nos programas de entretenimento sempre são introduzidas pessoas (artistas normalmente) para alfinetar ações de governos conservadores como o do Bolsonaro.



Em fim, a Globo tem em seus quadros uma quantidade absurda de elementos ativistas que se utilizam da estrutura da emissora para promover pautas da Esquerda de forma tão intensa que faz com que a emissora não consiga se livrar do rótulo de “comunista” ou “vermelha” e também é por isso que recebeu, com todos os méritos, o título de “Globolixo!”. 

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