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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020


Francisco Julião e as temidas Ligas Camponesas. 


Quem foi Francisco Julião? 


Francisco Julião Arruda de Paula (Bom Jardim, 16 de fevereiro de 1915 — Cuernavaca, 10 de julho de 1999) foi um advogado, político e escritor brasileiro, que liderou politicamente o movimento camponês conhecido como Ligas Camponesas. 

Nasceu no Engenho Boa Esperança, no agreste pernambucano. Advogado formado em 1939, em Recife, foi líder em 1955 das Ligas Camponesas (organizações com o objetivo proclamado de lutar pela distribuição de terras e os direitos para os camponeses), no Engenho Galileia. 

Julião foi deputado estadual em duas legislaturas. Eleito deputado federal por Pernambuco em 1962, foi cassado e preso em 1964. 

Ao ser liberado em 1965, foi incentivado a se exilar. Viajou para o México, onde permaneceu até ser anistiado em 1979. Em 1966, na Cidade do México, ele conheceu André Gorz. Aliado de Leonel Brizola, filiou-se ao PDT e tentou ser novamente deputado federal em 1986, quando foi derrotado. 

Segundo alguns, Julião foi fundador das Ligas Camponesas. Porém, segundo seu próprio relato, de 1940 a 1955, teria sido na verdade advogado dos camponeses: 

"Não fundei a Liga - ela foi fundada por um grupo de camponeses que a levou a mim para que desse ajuda. A primeira Liga foi a da Galileia, fundada a 1 de janeiro de 1955 e que se chamava Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores de Pernambuco. Foi um grupo de camponeses com uma certa experiência política, que já tinha militado em partidos, de uma certa cabeça, que fundou o negócio, mas faltava um advogado e eu era conhecido na região. Foi uma comissão à minha casa, me apresentou os estatutos e disse: 'existe uma associação e queríamos que você aceitasse ser o nosso advogado'. Aceitei imediatamente. Por isso o negócio veio bater na minha mão. Coincidiu que eu acabara de ser eleito deputado estadual pelo Partido Socialista e na tribuna política me tornei importante como defensor dos camponeses." 


Durante esses quinze anos, Julião peregrinou pelos canaviais da Zona da Mata de Pernambuco, conquistando a confiança dos camponeses como advogado. 


Transformado em líder das Ligas Camponesas, Julião foi considerado um "santo" entre os sem terra. Aos olhos de quem os combatia era chamado de agitador, incendiário, comunista. Julião agradecia o título de "agitador", dizendo que o sempre fora, "mas dentro da lei". Afinal de contas "até remédio você precisa agitar antes de usar…”, Comunista? segundo ele próprio, nunca foi. Tinha divergências com os comunistas. O Partido Comunista, por exemplo, privilegiava a luta dos trabalhadores rurais assalariados por meio dos seus sindicatos, e para Julião o importante era uma reforma agrária radical que transformasse camponeses em pequenos proprietários. Mas, ironicamente, seu movimento ganhou as páginas dos jornais de todo o País como “Ligas Camponesas” — nome das organizações criadas no campo pelos comunistas, na década anterior. Em 1959, por exemplo, o Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, publicou uma série de reportagens de Antônio Callado, sobre as Ligas e o seu advogado, que causou um grande impacto. E, além de ficar famoso no Brasil, Julião logo virou notícia na imprensa internacional. Ele não se considerava marxista, mas "chardinista". Seguia Teilhard de Chardin, o teólogo avançado da Igreja. O que pouca gente sabe é que Julião é um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro, ao lado de João Mangabeira. 


Em 1988, após as eleições, viajou para o México a fim de escrever suas memórias. Em 1991 retornou ao Brasil. Em 1997 viajou novamente para o México, onde veio a falecer em conseqüência de um infarto. 


Como surgiu as Ligas Camponesas. 

O movimento surgiu nos últimos anos do governo ditatorial de Getúlio Vargas (1937-1945), com forte influência do Partido Comunista Brasileiro, que buscava organizar os trabalhadores do campo para a construção do socialismo. 

Estava o deputado Francisco Julião certo dia na varanda de sua casa, no Recife, lendo o Diario de Pernambuco, quando bateram palmas no portão. Tratava-se de um grupo de camponeses que, com José dos Prazeres à frente, queriam dar uma palavrinha com ele. Isso foi em 1955.

José e seus companheiros viviam no Engenho Galiléia, em Vitória de Santo Antão, como “foreiros”, ou seja, pagando um “foro” mensal ao proprietário da terra da qual tiravam o seu sustento. 

Para se ajudarem mutuamente os “galileus” criaram, então, a Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores de Pernambuco (SAPPP), mas o dono do engenho, Oscar Beltrão, mandou fechá-la, pois aquilo lhe cheirava a comunismo. Eles, porém, não acataram a ordem e recorreram até ao governador Cordeiro de Farias e à Assembléia Legislativa, sem encontrar apoio. Aí foram procurar o deputado, que já se manifestara a favor dos camponeses, para representá-los como seu advogado. 

Julião aceitou na hora e deu início, ali, a uma trajetória que em poucos anos o levaria às primeiras páginas dos grandes jornais do mundo, apontado como um novo Che Guevara ou um Mao Tse Tung pernambucano… 

Vivia-se, então, a chamada “guerra fria”, quando duas superpotências — os Estados Unidos, capitalista, e a União Soviética, socialista — disputavam a hegemonia mundial. As forças capitalistas temiam que as massas daqui saíssem da letargia e arrastassem o Brasil para o comunismo, levando com ele a América Latina, num “efeito dominó”. E havia motivos para isso (a história atual nos provou que eles estavam certos). 

Naquele 1955, por exemplo, realizou-se no Recife o Congresso de Salvação do Nordeste, reunindo políticos e intelectuais e tendo Francisco Julião como presidente de honra. Houve ainda o 1° Congresso de Camponeses de Pernambuco, com três mil participantes, promovido pela SAPPP. E novas associações campesinas começaram a se formar em Pernambuco. 

Em 1957, Francisco Julião visitou a URSS. 


Mergulhando de cabeça nessa luta Julião foi reeleito deputado estadual em 1958, com grande votação. A partir de 1959, as Ligas Camponesas se expandiram também, rapidamente, em outros estados, como a Paraíba, Rio de Janeiro e Paraná, aumentando o impacto político do movimento. 

E em 1960 conseguiu a posse do Engenho Galiléia para os seus foreiros, aprovando uma lei que permitia a desapropriação de terras, com indenização aos antigos donos. 


Em 1960, o deputado integrou-se à comitiva do presidente recém-eleito Jânio Quadros numa polêmica visita a Cuba, e passou a se relacionar politicamente com Fidel Castro e outros líderes da esquerda mundial. E naquele ano, ainda, o The New York Times começou a alertar para o perigo representado pelas Ligas Camponesas, sob a liderança de Julião. Manchete de primeira página: “Pobreza do Nordeste do Brasil gera ameaça de revolta”.

A CIA também advertiu o presidente John Kennedy, que em 1961 despachou para cá uma missão chefiada pelo seu irmão, o senador Edward Kennedy. E os norte-americanos investiram aqui mais de cem milhões de dólares em projetos sociais, conjuntamente com a Sudene, através do programa “Aliança para o Progresso”. Por outro lado, expoentes da esquerda mundial, como o filósofo francês Jean Paul Sartre e sua mulher, Simone de Beuvoir, também visitaram a região. 

Mas as Ligas seguiram avançando. Em 1961, já estavam em dez estados, 25 núcleos foram instalados no Estado de Pernambuco, principalmente na Zona da Mata. Nesse mesmo ano, Julião repetiu sua visita à União Soviética. De todos os núcleos das Ligas, o mais importante, o mais expressivo e o de maior efetivo foi o de Sapé, na Paraíba. Esse núcleo congregaria 10.000 membros. 

Em 1960 e 1961, as Ligas organizaram comitês regionais em 10 estados e criaram o jornal A Liga, porta-voz do movimento, que circulava entre seus militantes. Também nesse ano tentou criar um partido político chamado Movimento Revolucionário Tiradentes - MRT (Movimento que atuou na luta armada, no período pré e pós revolucionário de 1964). 

No plano nacional, Francisco Julião reuniu, em torno das Ligas, estudantes, idealistas, visionários e alguns intelectuais, como Clodomir dos Santos Morais, advogado, deputado, militante comunista e um dos organizadores de um malogrado movimento de guerrilha em Dianópolis/Goiás em 1962. 

A aproximação de Francisco Julião com Cuba foi notória, especialmente após a viagem que realizou acompanhando Jânio Quadros àquele país, em 1960, seguido por muitos militantes. A partir daí, tornou-se um entusiasta da revolução cubana e convenceu-se a adotar a guerrilha como forma de ação das Ligas Camponesas. É dessa época a iniciativa, pioneira no Brasil, de fundar em Recife o Comitê de Apoio à Revolução Cubana. 

Em 30 de abril de 1961, Jover Telles, dirigente do PCB, chegou a Havana e, após contatos com as autoridades cubanas, encaminhou ao Comitê Central do PCB o documento intitulado “Relatório à Comissão Executiva sobre minhas atividades em Cuba”, do qual destaco o seguinte trecho: 

“ ... curso político-militar, levantei a questão. Estão dispostos a fazer. Mandar nomes, biografia e aguardar a ordem de embarque.” 

Nessa mesma época, Francisco Julião encontrava-se em Havana, também tratando do apoio cubano à luta armada. 

Em maio, outra delegação vai a Havana participar das comemorações do aniversário do assalto ao Quartel de Moncada, marco da caminhada vitoriosa da Revolução Cubana. A delegação era composta por 85 participantes, entre eles 13 militantes das Ligas Camponesas, que receberiam treinamento militar em Cuba. 

A relação com Cuba, o apoio ao treinamento militar e o cenário político brasileiro levaram o movimento ao seu período de maior radicalização e crescimento. Os camponeses pegaram em armas e marcharam contra engenhos, apoiados por sindicatos, por grupos comunistas e por membros da Igreja Católica. 

Nessa época, os dirigentes que orientavam as Ligas decidiram montar vários campos de treinamento militar. 

“No dia 4 de dezembro o jornal O Estado de S. Paulo noticiou a descoberta e desbaratamento de um campo de treinamento de guerrilha em Dianópolis, Goiás, em uma das três fazendas compradas pelo MRT de Julião.” (TORRES, Raymundo Negrão. O Fascínio dos Anos de Chumbo, pág. 15). 

A fusão das Ligas Camponesas com a União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil (ULTAB), proposta pelos comunistas em 1961, não foi aceita por Julião, pois ele temia que o PCB passasse a controlá-las. 

A relação entre Julião e o PCB se deteriorou nesse ano, depois do 1º Congresso Nacional de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas, em Belo Horizonte, quando a tese da reforma agrária radical das Ligas derrotou as idéias mais moderadas da ULTAB. “Reforma agrária na lei ou na marra”, às vezes acrescido de “com flores ou com sangue”, era o lema do movimento que inpirou o MST de hoje. 



Em 1962, lançaram um jornal, cogitaram fundar um partido político, e Julião foi eleito deputado federal. Porém, quando João Goulart — que fora ministro do Trabalho de Getúlio Vargas — assumiu a presidência do País, após a bizarra renúncia de Jânio Quadros, os sindicatos de trabalhadores rurais começaram a ganhar espaço, em detrimento das Ligas. 


Também 1962, Julião perdeu um grande amigo, o líder camponês João Pedro Teixeira, covardemente assassinado na Paraíba, a mando de proprietários de terras — uma tragédia narrada no clássico documentário Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho.

E com ele perdeu, também, parte da sua influência dentro das próprias Ligas. O ano de 1963 também não foi bom. No plebiscito nacional feito para decidir se o Brasil, que se tornara parlamentarista, voltaria a ser presidencialista, Julião pregou abstenção e isolou-se ainda mais dentro das esquerdas, que votaram a favor do presidencialismo.

A aprovação do Estatuto do Trabalhador Rural, concedendo a esta categoria os mesmos direitos dos trabalhadores urbanos, também esvaziou as Ligas, nacionalmente. Ainda mais em Pernambuco, quando a diária paga aos camponeses da zona canavieira aumentou 150%, com Miguel Arraes no governo. 

Em entrevista à Revista Che, de Buenos Aires, concedida durante o congresso, Julião declarou: 

“Nosso lema é a reforma ou revolução. Se negássemos a revolução seríamos demagogos, carentes de autenticidade. Não teríamos o valor de defender nossos pontos de vista e nossa ideologia. Preconizamos uma reforma agrária radical, e as massas brasileiras, que adquirem cada vez maior consciência da dura realidade, levarão o País à nova convulsão social, a uma guerra civil e ao derramamento de sangue. Será a liquidação de um tipo de sociedade e a instauração de outro. Nós temos nos envolvido nessa luta com o fim de preparar as massas brasileiras para o advento de uma sociedade nova, na lei ou na marra.” 

“Em novembro de 1962, as Forças Armadas desarticularam vários campos de treinamento de guerrilheiros. No dia 27, a queda de um Boeing 707 da Varig, quando se preparava para pousar no Aeroporto Internacional de Lima, no Peru, proporcionou comprometedoras informações sobre o apoio de Cuba às Ligas Camponesas. Entre os passageiros estava o presidente do Banco Nacional de Cuba, em cujo poder, foram encontrados relatórios de Carlos Franklin Paixão de Araújo, filho do advogado comunista Afrânio Araújo, o responsável pela compra de armas para as Ligas Camponesas.” (AUGUSTO, Agnaldo Del Nero. A Grande Mentira, pág. 84 e 92).

Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo (Var-Palmares) 
 

Carlos Franklin Paixão de Araújo (Var-Palmares) ex -marido de Dilma Rousseff, participou ativamente, juntamente com ela, dos movimentos subversivos pós Contra-Revolução de 1964. 

Alexina Crespo, mulher de Francisco Julião, em entrevista ao Diário de Pernambuco de 31/03/2004, declarou que ela e militantes das Ligas Camponesas participaram de treinamento de guerrilha em Cuba, juntamente com pessoas de outras organizações. 

O treinamento foi num campo de tiro ao alvo, com armas, metralhadora e morteiros e que tinham contatos diretamente com Fidel. Havia duas correntes favoráveis à luta armada que pretendiam dividir o Brasil ao meio . Uma separando o país em Norte e Sul e outra que pretendia a divisão verticalmente. esta última, segundo Alexina, era a que o padre Alípio de Freitas, integrante das Ligas na época, e que hoje vive em Portugal, queria. A proposta dele era que assim seria possível tomar as fábricas, as montadoras de automóveis, para fazer armas... 

Francisco Julião ficava na parte aparentemente legal, institucional e os discursos e os outros ficavam na parte clandestina, treinando os camponeses. 

Ainda, segundo Alexina, quando os integrantes das Ligas começaram a sentir que iria haver uma contrarrevolução, foram para o Rio e no quintal da granja de um simpatizante da guerrilha, e enterram uma grande quantidade de armas - Fal (fuzil), metralhadoras, revólveres, munições e explosivos embrulhadas em papel impermeável , dentro de caixões. 

Observação: o padre Alípio de Freitas realizou treinamento em Cuba. Membro da Comissão Militar da AP, participou ativamente dos movimentos terroristas pós Contra-Revolução de 1964, inclusive do atentado ao Aeroporto de Guararapes, em Recife (ver atentado Guararapes). 

Não é tarefa de especialista traçar um paralelo entre as Ligas Camponesas e o atual Movimento dos Sem-Terra, começar pelo fato de que, nem um, nem outro desejava, simplesmente, a reforma agrária. O coordenador Nacional do MST, João Pedro Stédile, teve, em Cuernavaca, no México, uma série de encontros com Francisco Julião, no período de 1976 a 1978. Discutiram os erros e acertos das Ligas Camponesas, visando à futura criação do MST, em 1984. 

Os estímulos são os mesmos, a preparação é similar, porém, estamos no século XXI, em que as distâncias ficam reduzidas drasticamente pelo toque mágico dos meios eletrônicos e pelo acompanhamento dos fatos em tempo real. Acrescente-se que o MST, hoje, conta com o explícito apoio do Partido dos Trabalhadores, seu parceiro no Foro de São Paulo, e de parte expressiva da Igreja, além dos “mágicos” recursos que recebe e que muitos conhecem a origem e o montante. 

Os métodos do MST estão aperfeiçoados pela experiência adquirida desde os tempos das Ligas Camponesas. 

Não é preciso ser especialista para aquilatar o risco que o Brasil corre, pela ação cada vez mais ousada e radical do MST. 

A diferença fundamental entre as Ligas Camponesas e o MST é que as Ligas jamais conseguiram que um presidente da República colocasse o seu boné na cabeça. Luiz Inácio Lula da Silva vestiu o boné do MST. 



Mas aí veio a contra revolução civil-militar de 1964, e o rolo compressor passou por cima de toda a
esquerda, independentemente das suas nuances políticas. 

O deputado Francisco Julião foi detido e teve os direitos políticos cassados e libertado no ano seguinte, exilou-se no México — país que fizera uma revolução campesina no início do século — onde ficou até a anistia, em 1979.

De volta à sua terra, Julião filiou-se ao PDT de Brizola e candidatou-se a deputado federal em
1986, mas não se elegeu. 


Viveu então, entre o seu país e o México, onde morreu, em 1999. 




Marcha camponesa 


O sociólogo Fernando Antônio Azevedo conta que era garoto quando assistiu uma marcha pela Reforma Agrária, em João Pessoa. E ela o impressionou não só pelo grande número de camponeses, mas porque eles atravessaram a cidade lenta e silenciosamente, com foices nas mãos e chapéus de palha na cabeça, da estação ferroviária até o local do comício, onde João Goulart discursou. A cidade parou e a classe média fechou-se em casa, tremendo de medo. 


Francisco Julião , criador das Ligas Camponesas. armado de enxada,o Stédile de ontem. 



Stédile, que esteve no México com Julião para trocar experiências sobre o movimento. 


MST, hoje, armados de foices, paus e enxadas 





Hino do Camponês 

Composição de Francisco Julião e Geraldo Menucci, na interpretação do Coral do Movimento de Cultura Popular. 


“Não queremos viver na escravidão 
Nem deixar o campo onde nascemos 
Pela terra, pela paz e pelo pão: 
Companheiros, unidos venceremos 
Hoje somos milhões de oprimidos 
Sob o peso terrível do cambão 
Lutando, nós seremos redimidos 
A Reforma Agrária é a solução”. 



Obras literárias 


Cachaça (1951). 
Irmão Juazeiro (1961). 
O que São as Ligas Camponesas (1962). 
Até Quarta, Isabela (1965). 
Cambão: La Cara Oculta de Brasil (1968). 

Julião traduziu, com Miguel Arraes, quando ambos estavam na prisão, Le viol de foules par La propagande politique, do russo Sergei Tchakhotine. 





Fontes: 



blogs.diariodepernambuco.com.br/historiape/index.php/2017/01/20/francisco-juliao-o-guia-das-temidas-ligas-camponesas/ 1/5 




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