A Revolução não será televisionada
Dois cineastas irlandeses, Kim Bartley e Donnacha O'Briain,
estavam na Venezuela realizando, desde setembro de 2001, um documentário sobre
o presidente Hugo Chavez e o governo bolivariano, quando em abril de 2002 surge
um levante contra o presidente Hugo Chavez. Para os esquerdistas, um golpe
contra um presidente democraticamente eleito, para tantos outros, uma tentativa
de livrar a Venezuela de um processo que a levaria a uma ditadura
socialista-comunista. O argumento que os produtores do documentário utilizaram
de que o “golpe” foi aplicado tão somente por que Chavez resolveu reverter os
lucros do petróleo em favorecimento ao povo mais pobre através de
assistencialismos governamentais e que isso enfureceu os liberais americanos,
principalmente de Washington, é realmente surreal. Também é de um total absurdo
acreditar que todas as notícias revelando as atrocidades do governo Chavez para
com a população, que se voltava contra o regime inicialmente aplicado, não
passavam de difamações e tentativas de queimar a imagem do “pai dos pobre
venezuelano”. O documentário revela a ação contra o governo ditatorial de
Chaves, que é preso, mas que diante de uma massa popular apaixonada pelo
discurso e governo populista, acaba promovendo a sua liberdade. O povo gritava
nas ruas de forma eufórica: "não renunciou! Está seqüestrado!" e
"não te queremos Carmona! Ladrão!". Centenas de milhares de pessoas
nas ruas cercam o Palácio Miraflores para exigir "Queremos a Chavez!"
e clamar "Chavez amigo, o povo está contigo!". O resultado foi a
liberdade conquistada para Chavez e a retomada do poder por ele. Hoje a
Venezuela e seu povo estão cientes do grande erro que cometeram.
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