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domingo, 14 de abril de 2019


A Revolução não será televisionada

Dois cineastas irlandeses, Kim Bartley e Donnacha O'Briain, estavam na Venezuela realizando, desde setembro de 2001, um documentário sobre o presidente Hugo Chavez e o governo bolivariano, quando em abril de 2002 surge um levante contra o presidente Hugo Chavez. Para os esquerdistas, um golpe contra um presidente democraticamente eleito, para tantos outros, uma tentativa de livrar a Venezuela de um processo que a levaria a uma ditadura socialista-comunista. O argumento que os produtores do documentário utilizaram de que o “golpe” foi aplicado tão somente por que Chavez resolveu reverter os lucros do petróleo em favorecimento ao povo mais pobre através de assistencialismos governamentais e que isso enfureceu os liberais americanos, principalmente de Washington, é realmente surreal. Também é de um total absurdo acreditar que todas as notícias revelando as atrocidades do governo Chavez para com a população, que se voltava contra o regime inicialmente aplicado, não passavam de difamações e tentativas de queimar a imagem do “pai dos pobre venezuelano”. O documentário revela a ação contra o governo ditatorial de Chaves, que é preso, mas que diante de uma massa popular apaixonada pelo discurso e governo populista, acaba promovendo a sua liberdade. O povo gritava nas ruas de forma eufórica: "não renunciou! Está seqüestrado!" e "não te queremos Carmona! Ladrão!". Centenas de milhares de pessoas nas ruas cercam o Palácio Miraflores para exigir "Queremos a Chavez!" e clamar "Chavez amigo, o povo está contigo!". O resultado foi a liberdade conquistada para Chavez e a retomada do poder por ele. Hoje a Venezuela e seu povo estão cientes do grande erro que cometeram.





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